Olá Pessoal. Sei que muitos de vocês estão perguntando onde está a atualização das demais histórias, bem, tratei capítulos das outras ainda hoje, estou atualizando somente essa por ser uma história mais longa e mais complexa, mas não me esqueci das outras.
Colocarei também as outras histórias para download até segunda-feira, quando minha internet deve ficar estável.
Beijão e divirtam-se.
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O senhor poderia por favor assinar aqui? –
falou o advogado
Naquele momento, eu estava sentado no sofá
do apartamento, com o Adam em pé ao lado do Lucas, um homem responsável pela
guarda do Adam no segundo sofá e um advogado ao meu lado, não somente aceitando
ficar com ele, estava também assinando os papeis que me davam direito sobre as
propriedades e sobre todos os bens materiais que estavam em posse da Maria.
O advogado estava ali para fazer dois
trabalhos, me colocar como dono de uma fortuna incontável e como responsável
legal pelo Adam, mas antes de tudo isso acontecer, muitas outras coisas
acontecerem.
Uma semana antes, eu cuidei do Adam o
máximo que pude, tentei distrai-lo para que ele não pensasse no Luiz, não para
que ele esquecesse, para não ver ele triste pela perda do pai, e toda vez que
ele lembrava, eu dizia o quão bom e amável era o pai dele, quando amor ele
sentia pelo Adam.
Eu já havia me apegado ao Adam a muito
tempo atrás, eu fiquei a última semana com a cabeça confusa, sem saber o que
fazer, fiquei pensando em todas as possibilidades, em tudo o que aconteceria se
eu aceitasse ficar com a guarda dele, se eu não aceitasse, o que aconteceria a
ele, coisas desse tipo rondaram a minha mente me tirando o sono, e toda vez que
eu o via dormindo tranquilo e sereno, meu coração partia só de pensar em deixar
ele sozinho.
Em relação ao direito oferecido a Maria de
toda a sua fortuna, eu pensei seriamente, pensei em dizer não e deixar que ela
fizesse o que quisesse com todo o dinheiro dela, o Lucas tinha razão, eu estava
magoado, estava chateado pelo fato dela ter voltado, ou melhor aparecido assim
do nada.
Finalmente eu resolvi o que faria, iria
ficar com a fortuna dela e também iria cuidar do Adam, não iria fazer com ele o
que minha mãe fez comigo, mesmo não tendo parentesco algum, eu o tinha como um
filho, me sentia como responsável por ele e vê ele tão feliz depois de uma tragédia
enorme, me enchia o coração de alegria e era isso que eu queria.
Eu segurei a caneta firmemente, olhei para
o papel, aliás, para os papeis, olhei para o Adam e respirei fundo, coloquei o
meu nome em todas as sete linhas, quatro em relação ao recebimento do direito à
todos os bens da Maria e três em relação a adoção do Adam.
- pronto – falei
Eles pegaram seus respectivos papeis,
conferiram. O advogado me entregou a minha cópia.
- pronto Sr. Oliveira, agora estou de
frente do mais novo multimilionário do país. Como se sente? – falou sorrindo
- não sei, - falei nervoso
- bom, estarei à disposição, trabalho como
advogado das empresas Housman,
para o que precisar, estou a inteira disposição – falou
- tudo bem – falei apertando a mão dele
- Sr. Bernardo, creio que também terminamos por aqui, aqui estão
os documentos provisórios do garoto, os novos serão entregues dentro de um mês,
não terá problemas com estes. Aqui está também as chaves do apartamento do pai
do Adam aqui em Londres, todos os pertences dele estão sendo trazidos para o
apartamento – falou me entregando
- obrigado – falei
- parabéns, o Sr. Fez a coisa certa, não tinha certeza se ele
conseguiria sobreviver no orfanato – falou
- obrigado novamente – falei cumprimentando
Eles se foram, fechei a porta e respirei fundo, abri os olhos
e o Adam estava estático na frente do Lucas que o segurava pelos ombros.
- pra onde eu vou? – perguntou
- pra lugar algum, você agora mora comigo – falei respirando
fundo
- eu não vou embora? – questionou
- claro que não – falei me aproximando dele
Ele me abraçou forte com aqueles bracinhos finos, retribui o
abraço, o apertando em meus braços. Logo o soltei ficando em pé novamente,
olhei para o Lucas.
- por que está com essa cara de velório? Deveria estar feliz,
- falou
- não sei, - falei sorrindo
- cara, tu tem dinheiro, muito dinheiro, tem um garoto lindo
que te adora, não é para ficar triste, você vai poder realizar tudo o que quiser
– falou
- é verdade. Eu vou poder dar o melhor a ele agora, acho que
só aceitei por causa dele. Mas enfim, o que acha de comemorarmos? – perguntei
- claro, o que vai ser? – perguntou
- vamos pedir algo para comermos naquele restaurante fino que
vimos outro dia, e um vinho do bom, acho que agora eu posso gastar sem me
preocupar com a conta – falei rindo
- tem certeza? Creio que o dinheiro só sai daqui a alguns
dias – falou
- claro, eu tenho dinheiro na minha conta, estava guardando
para alguns projetos pessoais, mas enfim, quero comemorar a entrada do Adam a
minha vida – falei
- nossa vida seu esperto vigarista, se acha que eu vou deixar
ele só pra você está muito enganado – falou rindo
Naquela noite nos divertimos bastante, comemos muita
besteira, ainda tivemos a surpresa do pessoal ter aparecido, fizemos quase uma
festa do pijama, não bebi muito por causa do Adam, mas o Lucas e os outros
ficaram pra lá de tontos.
Rimos bastante de tudo, jogamos até mimica, um jogo que eu
acho super chato, mas valeu a pena se foi para ver o Adam rindo e parece que o
pessoal riu muito também.
Todo mundo capotou na sala, menos eu e o Adam que não sou
bobo, dormimos no conforto da cama. O Adam já estava comigo a mais de uma
semana e no prédio onde morávamos, era um prédio institucional, só poderiam
morar alunos, ele não poderia ficar conosco.
Maria me convidou para morar com ela novamente, eu tentei
recusar mas acabei aceitando, não precisei insistir muito para que o Lucas viesse
conosco, ele topou logo de cara. A casa enorme parecia vazia apenas com ela e
os empregados morando dentro, era por isso que ela oferecia a casa como cortesia
para festas e comemorações, era realmente enorme e tinha bastante espaço.
Consegui me aproximar mais dela e só podia dizer que estava
conseguindo preencher o espaço vazio no meu coração, apesar de que ainda me
vinha as palavras do meu pai a minha mente.
Não coloquei o Adam em nenhuma escola já que o semestre
estava acabando, apenas o deixei se divertir o máximo que podia e contratei uma
professora para lhe ajudar duas vezes por semana, para não perder o habito.
Ainda me sentia um peixe fora d’agua com todo aquele dinheiro
sobre minha posse, não sabia bem o que fazer com ele, então investi tudo o que
podia no nosso projeto, no nosso stand para o desfile. As empresas continuaram
do mesmo jeito, não assumi nenhum cargo e acredito que não queria, apenas
monitorava o que acontecia lá dentro e quase cai de costas quando vi os lucros
mensamente.
Começamos a usar um dos andares de produção da Housman para
produzir as roupas, tanto masculinas como femininas, nós mesmo custáramos tudo,
desenhamos e deixamos o mais pesado por conta de profissionais como sugerido,
nossa instrutora checava tudo a cada duas semanas e assim foi até uma semana
antes do desfile acontecer.
Eu deixei o Lucas terminando tudo com o pessoal, voltei para
casa, queria muito conversar com a Maria. Encontrei ela sentada na sala lendo
um livro.
- precisamos conversar – falei me sentando ao lado
- diga – ela disse tirando os óculos
- eu estive analisando as projeções de venda das empresas, de
todas elas, a Stiles é a única que não vem apresentando bons índices de venda
nem de lucro nos últimos dois anos – falei
- e? – perguntou
- e daí que eu decidi vender ela, quer dizer o prédio, irei
fechar ela e remanejar os empregados para a Housman e para as empresas que tem
o maior índice de lucro, para aumentar a produção, - falei olhando
- você veio pedir minha opinião? – perguntou me olhando
- é – falei
- olha Ben, é tudo seu, a única coisa que eu tenho ali é o
sobrenome, se você acha que fazendo isso irá melhorar para todo mundo, ótimo,
vá em frente – falou
- sério? – perguntei
- não precisa me perguntar nada, eu nem sabia que ela estava
tendo esse tipo de problema, enfim. Faça o que for melhor, - falou
- bom.... Então eu acho que devo seguir em frente – falei
- claro, - falou rindo
Depois de sair de casa, falei com o advogado para rever as
opções, levaram alguns dias até que obtive a resposta, uma proposta muito boa
pelo espaço e pelo nome da empresa, fechei negócio, mudei todos os empregados e
pedi treinamento para todos os novos.
A surpresa me veio ao saber que, uma empresa no brasil estava
precisando de apoio financeiro, devido a uma queda que teve por terem feito más
escolhas, até ai tudo bem, mas quando eu vi o nome da empresa do Caio, quase
cai de costas.
Eles praticamente haviam afundado a empresa, fizeram péssimos
negócios, investiram em uma revista de moda e não souberam mantê-la, acabaram
esquecendo-se das lojas físicas o que acarretou na perda de clientes e
investidores.
Quando o advogado me disse isso, não acreditei, ele disse que
seria um bom investimento já que, apesar de estarem mal de dinheiro, a empresa
era solida e tinha bom agrado no país, não achei que foi coincidência, nem destino,
apenas uma oportunidade, oportunidade essa que eu não perderia de jeito nenhum.