segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Um Pedido de Desculpas





Olá Pessoal. Quero primeiramente pedir desculpas a todos vocês que me seguiam e que liam os meus contos tanto na CDC como no Blog. 

Tive muitos problemas pessoais, alguns que eu achei que nunca iria conseguir resolver, fiquei na corda bamba, tive que escolher entre fugir do mundo virtual e ter que resolver os meus pepinos da vida, e com isso acabei abandonando vocês, me sinto muito triste com isso, muito mesmo e não sabem o quanto isso me dói.

Espero poder recompensar vocês de alguma forma.

Beijos.

Vitor.
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sábado, 26 de julho de 2014

David e Junior - Capitulo 1


Me chamo David, tenho 22 anos, trabalho em uma corretora de imóveis. Trabalho até as sete da noite variando entre mostrar as casas aos compradores e estar no escritório para detalhar relatórios de vendas. Meu chefe é um senhor de idade, está sempre de bom humor. A dias atrás ele anunciou que deixaria seu cargo de chefe e daria sua posição ao seu filho, que passaria a ser nosso patrão.
Estava um pouco nervoso, queria saber como era o novo patrão. Ele nunca aparecera no escritório nem nada e assim como eu, muitos outros estavam com medo de vir chumbo por ai.

Era por volta das 10 da manhã quando o elevador abriu e de dentro saiu um rapaz jovem, aparentemente seus 23 anos, todo arrumado em um terno cinza, cabelos cortados baixos porém ainda lisos penteados para o lado e um par de olhos azuis que dava um contraste enorme naquela pele branca com pouco bronzeamento.
Não teve como não notar tamanha beleza. Ele chegou esbanjando sorrisos e cumprimentando todos de ponta a ponta. Enfim ele chegou até onde eu estava, próximo a máquina de xerox. Eu me virei e lá estava ele, me estendeu a mão e com um largo sorriso esboçou:

- prazer, Felipe
- prazer – apertei a mão dele do mesmo modo ainda me deixando levar por aquele sorriso.

Logo acordei da minha cena patética graças a folha de ofício que havia enguiçado na máquina e fazia um barulho enorme, voltei a olhar para a máquina e quando virei para trás ele já não estava mais lá.
A maioria do pessoal ali onde eu trabalhava sabia que eu era gay. Ainda bem que não tive problemas com nenhum deles a não ser o Rodrigo, uma mala, vivia me dizendo que eu só trabalhava lá ainda por que puxava o saco do meu chefe, o que era totalmente ridículo, só por que eu vendia muito mais imóveis, ele tinha problemas comigo, típico de um invejoso. Bom, eu tinha lá meu charme, meus olhos eram castanhos claros (bem clarinhos) e eu era levemente bronzeado, meu cabelo era curto e eu fiz alguns anos de academia que me rendeu um corpo bacana sem ser sarado, pelo menos não estava sedentário.

Naquela manhã não me concentrei direito no trabalho, apenas terminei meu serviço e me mandei. Fui direto para a casa da minha amiga, Mariana, uma morena linda, com seios fartos e um corpo escultural de dar inveja.

Sentei no seu sofá enquanto ela foi na cozinha, voltou com duas latinhas de Refri.

- então, o que está acontecendo?
- não está acontecendo nada oras – falei parecendo normal, mas na verdade estava frustrado, não tinha relações amorosas a meses e ficar sem sexo é foda. 
- você tem alguma coisa, eu te conheço
- na verdade eu to sentindo falta de uma boa noite de sexo – falei dando um gole no refrigerante

- sabia, você vive de fogo e desde que parou de ir nas festinhas não vejo você com nenhum cara
- to perdendo o jeito, so pode
- cara você é gostoso pra caramba, daqui a pouco surge um bando de homem querendo de te comer, você vai ver
- não precisa falar assim,
- se quiser eu te empresto o Luh – Lucas é o namorado dela.

- ta maluca? Olha só o que você está me oferecendo. – ele simplesmente era um Gato, olhos cor de mel, pele bronzeada bem clarinha, um moicano lindo que combinava com seu rosto e um jogo de músculos que onde passava deixava qualquer um suspirando.

- eu te empresto,
- você está se escutando mulher? Ficou doida?
- não, apenas quero te ajudar a matar esse seu fogo no rabo
- mais não com seu namorado,
- bom, já que você não quer, paciência
- depois dessa, é melhor eu ir embora, antes que certas pessoas cheguem
- para com isso, vocês deveriam se falar pelo menos
- não e acabou, vou indo embora.

Foi eu abrir a porta e dei de cara com ele, Joao, o irmão da Mariana, um boyzinho lindo, tem apenas 19 anos, tivemos um breve rolo a alguns anos atrás, mas acabou que ele veio se declarando pra mim, dizendo que queria namorar e acabei descobrindo que o safado brincava em outro Playground. Acabei na hora e desde então evito esbarrar com ele, mas foi uma perda irreparável, ele é muito gatinho, apesar da irmã ser morena, ele é branco por conta do seu pai. Tem um corpo lindo, olhos castanhos, cabelo grande cobrindo um pouco o olho e uma mala de chamar a atenção.

Ele me olhou e eu apenas tentei passar, mas foi inútil, ele me segurou.

- podemos conversar?
- não... não podemos
- por favor, vamos conversar
- já disse que não
Ele chegou perto do meu ouvido e sussurrou.
- tem alguém aqui morrendo de saudades de você
- me solta, eu vou. Vou.... embora – falei perdendo a voz quando ele chegou perto do meu ouvido.

- tem certeza?
- não, - falei por impulso, a verdade é que mesmo esse desgraçado tendo feito o que fez eu ainda sentia um enorme tesão por ele, nunca nenhum homem havia feito comigo o que ele fez, me satisfazer por completo.

Ele me puxou e me levou de volta para dentro, fomos para seu quarto e lá ele me imprensou na parede e começou beijando meu pescoço, e eu pedia para ele parar.

- vamos conversar, é pra isso que viemos aqui

- você acha mesmo que eu vou conversar? – falou enquanto beijava meu pescoço.
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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Meu Chefe, Minha paixão - Capitulo 22


Olá Pessoal. Sei que muitos de vocês estão perguntando onde está a atualização das demais histórias, bem, tratei capítulos das outras ainda hoje, estou atualizando somente essa por ser uma história mais longa e mais complexa, mas não me esqueci das outras. 
Colocarei também as outras histórias para download até segunda-feira, quando minha internet deve ficar estável. 

Beijão e divirtam-se. 
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O senhor poderia por favor assinar aqui? – falou o advogado

Naquele momento, eu estava sentado no sofá do apartamento, com o Adam em pé ao lado do Lucas, um homem responsável pela guarda do Adam no segundo sofá e um advogado ao meu lado, não somente aceitando ficar com ele, estava também assinando os papeis que me davam direito sobre as propriedades e sobre todos os bens materiais que estavam em posse da Maria.
O advogado estava ali para fazer dois trabalhos, me colocar como dono de uma fortuna incontável e como responsável legal pelo Adam, mas antes de tudo isso acontecer, muitas outras coisas acontecerem.
Uma semana antes, eu cuidei do Adam o máximo que pude, tentei distrai-lo para que ele não pensasse no Luiz, não para que ele esquecesse, para não ver ele triste pela perda do pai, e toda vez que ele lembrava, eu dizia o quão bom e amável era o pai dele, quando amor ele sentia pelo Adam.

Eu já havia me apegado ao Adam a muito tempo atrás, eu fiquei a última semana com a cabeça confusa, sem saber o que fazer, fiquei pensando em todas as possibilidades, em tudo o que aconteceria se eu aceitasse ficar com a guarda dele, se eu não aceitasse, o que aconteceria a ele, coisas desse tipo rondaram a minha mente me tirando o sono, e toda vez que eu o via dormindo tranquilo e sereno, meu coração partia só de pensar em deixar ele sozinho.
Em relação ao direito oferecido a Maria de toda a sua fortuna, eu pensei seriamente, pensei em dizer não e deixar que ela fizesse o que quisesse com todo o dinheiro dela, o Lucas tinha razão, eu estava magoado, estava chateado pelo fato dela ter voltado, ou melhor aparecido assim do nada.

Finalmente eu resolvi o que faria, iria ficar com a fortuna dela e também iria cuidar do Adam, não iria fazer com ele o que minha mãe fez comigo, mesmo não tendo parentesco algum, eu o tinha como um filho, me sentia como responsável por ele e vê ele tão feliz depois de uma tragédia enorme, me enchia o coração de alegria e era isso que eu queria.
Eu segurei a caneta firmemente, olhei para o papel, aliás, para os papeis, olhei para o Adam e respirei fundo, coloquei o meu nome em todas as sete linhas, quatro em relação ao recebimento do direito à todos os bens da Maria e três em relação a adoção do Adam.

- pronto – falei
Eles pegaram seus respectivos papeis, conferiram. O advogado me entregou a minha cópia.
- pronto Sr. Oliveira, agora estou de frente do mais novo multimilionário do país. Como se sente? – falou sorrindo
- não sei, - falei nervoso
- bom, estarei à disposição, trabalho como advogado das empresas Housman, para o que precisar, estou a inteira disposição – falou
- tudo bem – falei apertando a mão dele
- Sr. Bernardo, creio que também terminamos por aqui, aqui estão os documentos provisórios do garoto, os novos serão entregues dentro de um mês, não terá problemas com estes. Aqui está também as chaves do apartamento do pai do Adam aqui em Londres, todos os pertences dele estão sendo trazidos para o apartamento – falou me entregando

- obrigado – falei
- parabéns, o Sr. Fez a coisa certa, não tinha certeza se ele conseguiria sobreviver no orfanato – falou
- obrigado novamente – falei cumprimentando
Eles se foram, fechei a porta e respirei fundo, abri os olhos e o Adam estava estático na frente do Lucas que o segurava pelos ombros.
- pra onde eu vou? – perguntou
- pra lugar algum, você agora mora comigo – falei respirando fundo
- eu não vou embora? – questionou
- claro que não – falei me aproximando dele

Ele me abraçou forte com aqueles bracinhos finos, retribui o abraço, o apertando em meus braços. Logo o soltei ficando em pé novamente, olhei para o Lucas.
- por que está com essa cara de velório? Deveria estar feliz, - falou
- não sei, - falei sorrindo
- cara, tu tem dinheiro, muito dinheiro, tem um garoto lindo que te adora, não é para ficar triste, você vai poder realizar tudo o que quiser – falou
- é verdade. Eu vou poder dar o melhor a ele agora, acho que só aceitei por causa dele. Mas enfim, o que acha de comemorarmos? – perguntei
- claro, o que vai ser? – perguntou
- vamos pedir algo para comermos naquele restaurante fino que vimos outro dia, e um vinho do bom, acho que agora eu posso gastar sem me preocupar com a conta – falei rindo
- tem certeza? Creio que o dinheiro só sai daqui a alguns dias – falou
- claro, eu tenho dinheiro na minha conta, estava guardando para alguns projetos pessoais, mas enfim, quero comemorar a entrada do Adam a minha vida – falei
- nossa vida seu esperto vigarista, se acha que eu vou deixar ele só pra você está muito enganado – falou rindo

Naquela noite nos divertimos bastante, comemos muita besteira, ainda tivemos a surpresa do pessoal ter aparecido, fizemos quase uma festa do pijama, não bebi muito por causa do Adam, mas o Lucas e os outros ficaram pra lá de tontos.
Rimos bastante de tudo, jogamos até mimica, um jogo que eu acho super chato, mas valeu a pena se foi para ver o Adam rindo e parece que o pessoal riu muito também.
Todo mundo capotou na sala, menos eu e o Adam que não sou bobo, dormimos no conforto da cama. O Adam já estava comigo a mais de uma semana e no prédio onde morávamos, era um prédio institucional, só poderiam morar alunos, ele não poderia ficar conosco.
Maria me convidou para morar com ela novamente, eu tentei recusar mas acabei aceitando, não precisei insistir muito para que o Lucas viesse conosco, ele topou logo de cara. A casa enorme parecia vazia apenas com ela e os empregados morando dentro, era por isso que ela oferecia a casa como cortesia para festas e comemorações, era realmente enorme e tinha bastante espaço.
Consegui me aproximar mais dela e só podia dizer que estava conseguindo preencher o espaço vazio no meu coração, apesar de que ainda me vinha as palavras do meu pai a minha mente.

Não coloquei o Adam em nenhuma escola já que o semestre estava acabando, apenas o deixei se divertir o máximo que podia e contratei uma professora para lhe ajudar duas vezes por semana, para não perder o habito.

Ainda me sentia um peixe fora d’agua com todo aquele dinheiro sobre minha posse, não sabia bem o que fazer com ele, então investi tudo o que podia no nosso projeto, no nosso stand para o desfile. As empresas continuaram do mesmo jeito, não assumi nenhum cargo e acredito que não queria, apenas monitorava o que acontecia lá dentro e quase cai de costas quando vi os lucros mensamente.
Começamos a usar um dos andares de produção da Housman para produzir as roupas, tanto masculinas como femininas, nós mesmo custáramos tudo, desenhamos e deixamos o mais pesado por conta de profissionais como sugerido, nossa instrutora checava tudo a cada duas semanas e assim foi até uma semana antes do desfile acontecer.

Eu deixei o Lucas terminando tudo com o pessoal, voltei para casa, queria muito conversar com a Maria. Encontrei ela sentada na sala lendo um livro.

- precisamos conversar – falei me sentando ao lado
- diga – ela disse tirando os óculos
- eu estive analisando as projeções de venda das empresas, de todas elas, a Stiles é a única que não vem apresentando bons índices de venda nem de lucro nos últimos dois anos – falei
- e? – perguntou
- e daí que eu decidi vender ela, quer dizer o prédio, irei fechar ela e remanejar os empregados para a Housman e para as empresas que tem o maior índice de lucro, para aumentar a produção, - falei olhando
- você veio pedir minha opinião? – perguntou me olhando
- é – falei
- olha Ben, é tudo seu, a única coisa que eu tenho ali é o sobrenome, se você acha que fazendo isso irá melhorar para todo mundo, ótimo, vá em frente – falou
- sério? – perguntei
- não precisa me perguntar nada, eu nem sabia que ela estava tendo esse tipo de problema, enfim. Faça o que for melhor, - falou
- bom.... Então eu acho que devo seguir em frente – falei
- claro, - falou rindo

Depois de sair de casa, falei com o advogado para rever as opções, levaram alguns dias até que obtive a resposta, uma proposta muito boa pelo espaço e pelo nome da empresa, fechei negócio, mudei todos os empregados e pedi treinamento para todos os novos.
A surpresa me veio ao saber que, uma empresa no brasil estava precisando de apoio financeiro, devido a uma queda que teve por terem feito más escolhas, até ai tudo bem, mas quando eu vi o nome da empresa do Caio, quase cai de costas.
Eles praticamente haviam afundado a empresa, fizeram péssimos negócios, investiram em uma revista de moda e não souberam mantê-la, acabaram esquecendo-se das lojas físicas o que acarretou na perda de clientes e investidores.

Quando o advogado me disse isso, não acreditei, ele disse que seria um bom investimento já que, apesar de estarem mal de dinheiro, a empresa era solida e tinha bom agrado no país, não achei que foi coincidência, nem destino, apenas uma oportunidade, oportunidade essa que eu não perderia de jeito nenhum. 
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Meu Chefe, Minha paixão - Capitulo 21



O que você pretende fazer? Essa era a pergunta que eu estava escutando pelos últimos dois dias, me sentia triste e de mãos atadas. No dia em que eu recebi a notícia da morte do Luiz, fiquei sem reação, não imaginava que ele era quem estava dentro daquela escola, quem havia morrido.

O Adam não estava conseguindo fechar os olhos direito sem pensar no pai, uma vez ou outra eu o peguei chorando devagar, bem baixinho enquanto dormia.

A assistente social, o havia deixado comigo durante aquela semana, para ver se ele se sentia melhor e para que eu pudesse decidir se ficaria ou não com ele já que, os amigos do Luiz nenhum iria cuidar dele e não conheciam parentes vivos do Adam, eu era a pessoa que, ficou mais próxima dele durante os últimos meses.

- e ai? Ele dormiu? – Lucas perguntou sentando no sofá

- dormiu sim, acho que ele vai conseguir ficar tranquilo hoje – falei
- Ben, sei que você tem estado uma pilha de nervos com o projeto e essa coisa do Adam, mas, o que você tem em mente em? – perguntou
- eu não sei Lucas, eu estou me sentindo sufocado, eu.... Eu não posso deixar o Adam ir para adoção quando eu posso cuidar dele, só que.... Parece muita responsabilidade, parece demais pra mim, só tenho 21 anos e tenho tantas coisas para me preocupar – falei pondo a mão no rosto

- olha, com o projeto você não precisa se preocupar, estamos resolvendo tudo, sabemos o quanto você se doou pra isso mas, deixa que cuidamos de tudo, para um pouco – falou
- não posso, temos que conseguir patrocínio, precisamos de materiais, precisamos de muitas coisas para montar as tendas, os brindes – falei
- olha, eu sei que você não vai gostar disso. A Maria me chamou para conversar e disse que soube da nossa busca por patrocínio, como não conseguimos nada até então eu aceitei o cheque – falou
- você o que? Fala sério Lucas – falei olhando ele
- olha, independente dela ser sua mãe, ela é nossa tutora e precisamos de dinheiro, esse projeto pode mudar a vida de 6 pessoas Ben, não é só a sua não, precisamos desse dinheiro e eu já conversei com o pessoal, nós vamos usar o dinheiro – ele falou

- Luh, eu entendo o que você está fazendo, é que.... Eu não queria fazer nada que estivesse ligado a ela, sem a ajuda dela sabe, eu acho que eu não engoli ainda essa coisa de ter uma mãe depois de anos sumida – falei
- poxa cara, eu não vou dizer que entendo você por que eu não entendo, só que.... Não dá para recusar um negócio desses, - falou

- tudo bem.... Eu acho que estou sendo egoísta e imaturo, é que eu estou com tanta coisa que nem sei o que pensar em primeiro lugar – falei
- você vai ficar com o Adam? – perguntou

- eu.... – quando eu ia falar, o Adam me interrompeu aparecendo no meio da sala – Ben – falou
- oi.... Você acordou – falei levantando
Segurei na mão dele e o trouxe até o sofá, me sentei e o coloquei em meu colo.
- o que foi? – perguntei
- eu estou com fome – falou
- sério? Que bom.... Você não tem comido direito. Vou por pra você um copo de leite e biscoitos, o que acha? – perguntei
- eu quero – falou tranquilo
- eu também quero – Lucas falou sorrindo
- folgado. Fica aqui com o Luh que eu vou fazer para vocês dois, crianças – falei

Lucas o pegou e ficou brincando com ele. Adam estava prestes a fazer seis anos de idade, mesmo não sendo um garoto problemático ou que dê trabalho, me sentia impossível de cuidar dele, não sei se por que ele me lembraria o Luiz ou algum outro motivo.

Da cozinha eu pude ouvir as risadas deles, o que me deixava ainda mais contente em saber que ele estava rindo, nem que fosse pouco. Lucas acabou dormindo com o Adam no sofá, não consegui acorda-los, eles ficaram assistindo alguns desenhos e dormiram, apenas peguei uma coberta no quarto e os cobri.

Quando acordei pela manhã, Adam já estava de pé, na cozinha com o Lucas.
- caíram do sofá foi? – perguntei
- não, acordamos cedo pois vamos a uma feira de cosplays, esse aqui ama desenhos – Lucas falou sorrindo
- hum... Que legal. Eu vou aproveitar e vou resolver algumas coisas, antes de ir para o trampo – falei
- você já decidiu aquilo? – perguntou

- acho que sim – falei
- entendi. Bom, espero que faça a coisa certa – falou me olhando
Meu celular começou a tocar. Era uma das empregadas da Maria, disse que ela estava querendo falar comigo. Terminei as minhas coisas em casa e fui até a casa dela. Ela estava me esperando, como sempre, sentada no seu banco no jardim entre milhares de folhas de papel, livros e coisas do tipo.
- o que quer de mim? – perguntei
- eu fiquei sabendo do garoto, o Lucas me contou – ela disse
- eu sei.... Ele me disse que esteve aqui – falei sentando

- eu o chamei para conversar, ofereci a ele uma quantia para ajudar no projeto – ela disse
- eu sei, - falei
- olha Ben.... Eu sei que eu errei em ter ido embora, você era apenas uma criança e eu fugi feito uma bandida, eu menti para você, mas eu não fiz tudo isso por causa de dinheiro – falou
- não quero falar sobre isso – falei

- mas eu quero.... Quando eu conheci o Harry, ele era gentil, amável e me encantou muito, nós nos aproximamos de uma forma que eu não pude notar, nos apaixonamos e depois de um tempo eu pensei que não daria para continuar com seu pai, ele iria matar o Harry se soubesse o que houve entre a agente, ele sempre foi nervoso, com aquela postura de quem quer fazer o certo custe o que custar. Eu não poderia magoar ele e fazer com que ele olhasse pra mim todos os dias, não queria magoar você quando crescesse e soubesse que sua mãe dormiu com outro mesmo sendo casada, então eu fugi.... Fugi para o mais longe possível e pode não parecer mas, me doeu ter que te deixar – falou

- por que está me contando isso agora? – perguntei

- é que.... Eu achei que você deveria saber, e.... Bom, você tinha um irmão, o Charles, ele morreu a algum tempo depois. Olha Ben, o médico me disse que eu não tenho muito tempo de vida já que o meu tratamento não tem tido resultados positivos, quero que você fique bem depois que eu partir – ela falou
- eu não estou entendendo aonde você quer chegar – falei
- você não é mais estagiário da empresa, você agora é dono dela e todas as outras que eu tenho, toda a minha fortuna é sua – falou
- o que? Olha.... Eu.... Eu não quero seu dinheiro – falei

- não quer mas vai ter que ficar com ele, não estou tentando te comprar, nem mesmo comprar o seu amor, o seu carinho, eu só quero que você tenha uma vida boa, vida que eu não pude te dar por que eu fugi, por que eu fui covarde. Só quero que você fique bem – falou
- eu acho que nossa conversa acabou por aqui – falei quase sem voz
- Ben.... Querendo ou não você iria acabar ficando com todo esse dinheiro, essa casa e todas as empresas que são de minha propriedade - falou
- eu.... Eu preciso ir, com licença – falei levantando

Eu saí correndo daquela casa. Atravessei a rua tão desnorteado que quase fui atropelado, passei para o outro lado e corri, corri o máximo que podia até chegar em casa. Lucas e o Adam ainda não haviam voltado, eu não sabia o que estava acontecendo comigo, outro em meu lugar morreria de felicidade ao saber que iria ter tudo o que quisesse em suas mãos, eu.... Eu estava chorando.

Quando o Lucas chegou eu estava sentado no sofá enrolado em uma coberta com um pedaço de torta de chocolate.
- o que houve? Está fazendo frio e você está comendo torta de chocolate e ainda está coberto? – perguntou

- eu não sei o que está acontecendo comigo – falei
- o que você tem? – Adam perguntou
- nada meu anjo, não é nada – falei
- você resolveu aquilo lá? – Lucas perguntou olhando para o Adam
- não, você acredita que a Maria me tirou da empresa, ela me disse que eu agora não sou mais estagiário, que sou dono – falei
- você o que? – Lucas perguntou sentando ao meu lado
- disse que a empresa é minha, que está tudo em meu nome, - falei
- cara, não acredito nisso. Que maneiro – ele falou
- não é maneiro, quer dizer.... Eu não sei o que pensar, ela está morrendo e me vem com essa coisa de dinheiro – falei

- eu acho que você está com medo – falou
- não estou com medo – falei
- está sim, com medo de dizer que a ama, que sente saudades da sua mãe, que está com medo dela morrer e está com medo dela morrer sem você dizer tudo isso – falou


Meu Deus, minha mente está uma confusão, meus sentimentos estão jogados e eu não sei o que fazer - pensei

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Pessoal. 

Voltei a publicar essa história na casa dos contos, gostaria de dizer que, atualizarei sempre aqui, mas irei publicar semanalmente por lá, não sei que o Blog continuará no ar então eu resolvi publicar lá também essa história. 

Desculpe a demora, minha internet ta uma merda e tão fazendo manutenção nas redes por aqui, então espero que tenham paciência quanto a isso. 

Obrigado e Beijão. 
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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Meu Chefe, Minha paixão - Capitulo 20



- o que você pretende fazer? – Lucas perguntou
- eu vou com ela, acho melhor vocês continuarem a viagem – falei
- eu volto com você, para não ficar sozinho – falou

- não precisa, eu acho que é o momento certo para pensar sozinho – falei
- bom, e quando você vai? – perguntou
- pelo o que o médico disse, no máximo amanhã cedo estaremos voltando – falei
- tudo bem então. Seria bom você falar com seu pai, sei lá, esclarecer as coisas – falou
- ele está bastante chateado e não tiro a razão dele, acho que.... Se eu fizesse isso, seria pedir demais – falei
- também acho – falou

Quando o Lucas me ligou dando a notícia, meu coração quase foi para fora da boca, eu vesti minha roupa com o Ricardo ao meu lado perguntando o que estava acontecendo e eu não conseguia explicar, só sabia que tinha que estar no hospital.
Ele queria me levar mas eu recusei, não queria ter que criar laços com ele novamente, não quando a minha vida estava finalmente indo pelo caminho certo. Peguei um taxi que me deixou no hospital, a Maria estava muito mal, o novo tratamento não estava trazendo o efeito desejado e ela teve reações negativas o que a deixou inconsciente por algumas horas.

Não tive sinal do meu pai, acho que ele não iria aparecer no hospital, do jeito que ele era teimoso e orgulhoso, não iria mesmo aparecer ali. Fiquei a noite toda dentro do quarto sentado na poltrona esperando para ver se ela acordava, somente quase duas da manhã ela finalmente acordou, as enfermeiras deram o remédio e água, eu falei pouco com ela, ainda não conseguia colocar na cabeça que aquela mulher era a minha mãe, mulher essa com quem eu passei quase dois anos da minha vida sem me dizer nada, nem mesmo um sinal de que poderia mostrar que havia mais do que afeto entre uma professora e um aluno.

Sai da sala enquanto o médio examinava ela, os efeitos foram fortes e atingiram boa parte do corpo, o câncer estava ativo no corpo dela, sentia meu chão ir sumindo, não sabia o que fazer, o que sentir. Na manhã seguinte ela conseguiu autorização para voltar para Londres, iria ficar internada na clínica onde o médico dela trabalhava. Resolvi que voltaria com ela, não iria deixar ela sozinha.

Falar com meu pai que não foi fácil. Cheguei na casa dele e o mesmo estava bebendo sentado no sofá como sempre fazia quando estava chateado.

- não perdeu o costume – falei sentando
- por que perderia? – perguntou
- eu estou voltando para Londres com a Maria – falei
- não esperava menos, ela me deixou e agora você, bom, acho que não mereço o amor de ninguém – falou

- pai, não é isso. De qualquer forma eu voltaria para lá, tenho que terminar o meu curso, gastei todo o meu dinheiro nele e não quero perde-lo, tenho que ter uma profissão, tenho que ter um futuro. Não esperava que isso tudo fosse acontecer, mas não vou deixar ela sozinha, ainda mais doente – falei
- se você quer ir, então vai. Não posso te impedir. Só toma cuidado, pra ela não te magoar de novo – falou

- ela não pode quebrar o que já foi espedaçado – falei
- se cuida viu – falou me olhando
Eu me aproximei dele e o abracei como nunca tinha feito antes.
- vê se tira essa barba – falei
- eu acho ela bonita – falou
- te deixa com cara de tarado, e não quero chegar aqui e ter uma dúzia de irmãos – falei
- está com medo? – perguntou
- não, só não quero perder o meu quarto – falei rindo

Senti que ele ficou chateado, muito mesmo. Ele não era de mudar de ideia fácil e eu senti ali que iria doer muito deixar ele de novo. Não me despedi do Ricardo, não queria e não poderia, era como apertar a faca que estava enfiada dentro dele, a faca que eu coloquei lá dentro. Apenas fui embora, deixando tudo novamente para trás.

Um mês depois, ainda em Londres, Maria estava melhor, não estava cem por centro, mas estava bem. Uma nova diretora foi contratada para ficar no lugar dela na empresa enquanto ela ficava em casa descansando devido ao tratamento antigo.

Passei a falar com ela a cada dois dias, seguia a minha vida normalmente, ia ao trabalho, fazia os meus trabalhos do curso e voltava para casa. Aquele mês foi de puro silencio, não o silencio que se sente quando tudo fica tranquilo, o silencio de que nada demais estava acontecendo.

Recebemos do curso os últimos ultimatos, teríamos os próximos cinco meses para preparar o desfile, o que nos deu todos os meses de folga, não iriamos ter mais aulas, apenas consultoria com os tutores e tudo mais.
Naquele dia, sai do trabalho e fui visitar a Maria, ela estava sentada no jardim da casa desenhando, me aproximei e olhei os desenhos que era fantástico como sempre.

- pensei que não viria – falou
- estava terminando algumas coisas – falei
- coisas importantes? – perguntou
- mais ou menos – falei

- entendi. Ben, por que você não vem morar comigo? – perguntou
- acho que já conversamos sobre isso – falei
- eu sei. Mas você é meu filho, eu já te expliquei o porquê de eu ter ido embora, de eu ter escondido de você – falou

- não vamos voltar a esse assunto, eu vou ficar com o Lucas – falei
- ele pode vir pra cá também, não tem problemas – falou
- acho melhor paramos por aqui – falei
- tudo bem – ela disse
- senhora, é o Dono da Jackson High no Canadá, o colégio foi incendiado – falou uma das empregadas entregando o telefone

Maria falou ao telefone com o homem por alguns minutos. Eu fiquei olhando os desenhos enquanto ela conversava. Logo terminou e entregou o telefone a empregada que entrou na casa.

- o que aconteceu – perguntei
- essa escola é uma das escolas que minha empresa tem parceria e oferece cursos diversos para as crianças, houve um incêndio no laboratório de ciências e não conseguiram conter o fogo, a escola foi perdia e o diretor morreu no incêndio juntos com dois professores – falou
- nossa, que tragédia – falei
- pois é, uma perda grande. Imagino a família dessas pessoas, como não se sentem – falou

- pois é. Bom, eu.... Eu tenho que ir, vou continuar com o projeto, do desfile – falei
- vocês já decidiram o conceito? – perguntou
- sim, os sete pecados – falei
- um conceito bastante complexo – falou
- é, mas até agora tudo está saindo como esperamos, - falei
- se precisar de algo, me avise – falou
- fica bem – falei beijando a testa dela

Em casa eu estava sentado conversando com o Lucas quando passou a notícia no jornal sobre o incêndio que houve na escola, pessoas chorando e lamentando a perda do diretor e dos professores. Lucas logo tirou, ele disse que não gosta de ver essas coisas pois acaba se sentindo mal também.

Naquela noite reunimos o pessoal para falar do desfile, montamos a estrutura do palco, selecionamos os croquis que iriam entrar no desfile, mas, ainda faltava muita coisa, não iriamos ter recursos o suficiente para fazer o evento que desejávamos, até por que já havíamos investido todo o dinheiro que tínhamos e o que o pessoal conseguiu. O jeito era conseguir patrocínio o que seria difícil, ainda mais se tratando de desfiles amadores onde as empresas participantes não poderia patrocinar.

Foi uma semana difícil, correr atrás de patrocínio, trabalhar no projeto e resolver as tarefas do trabalho, cheguei em casa cansado, tomei um banho quente, coloquei meu casaco quentinho e minha calça de moletom, sentei no sofá com um pedaço de torta salgada, Lucas ficava me olhando e me chamando de guloso enquanto assistíamos series que passavam na televisão, bateram na porta, Lucas levantou e abriu a porta, depois me olhou e abriu ela toda, vi o Adam me olhando quieto, em pé na porta e uma moça atrás dele.


Me levantei e ele correu me abraçando minha cintura e chorando. Não entendi bem o que estava acontecendo, tentei falar com ele que não me respondeu, apenas chorou, levei ele até o quarto e o coloquei na cama, deixei o Lucas com ele e conversei com a moça que me disse que o Luiz havia morrido no incêndio da escola no Canadá a uma semana atrás e que eu era a única pessoa que o Adam queria ver. 
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sexta-feira, 18 de julho de 2014

A Identidade - Capitulo 9



Quem disse que não podemos nos sentir responsável pelos erros alheios está enganado, eu não sei o que estava rolando dentro daquela empresa, mas se eu tiver cuidado, em pouco tempo serei mais do que um simples funcionário.
- preciso que saiam da minha sala – falei
- o que? – Tiago perguntou
- saiam daqui. E chama o Sérgio, - falei sentando
- eu só quero saber o que está acontecendo com você. Desde que voltou do Canadá está com essa coisa de ser moralista, de querer impor vontades. Essa empresa chegou até aqui não foi com ética não, foi com trabalho duro – Celina falou
- e vai continuar tendo trabalho duro, só que eu não vou bancar o capacho de ninguém, não vou sair por ai tirando a vida de milhares de pessoas só por que um par de pessoas mimadas e acostumadas a usar Gucci estão com vontade de aumentar o brinquedo, sinta-se à vontade para deixar essa empresa, sabe que os meus desejos de comprar suas ações são enormes – falei
- você realmente mudou muito Paulo, - falou
- mudei mesmo. Perdi meus pais, perdi uma vida e tudo isso por causa de negócios como esses que estão tentando fazer, agora por favor, quero falar com o Sérgio – falei
- tudo bem, vamos sair. – ela falou
Eles abriram a porta e saíram. Eu tinha que fazer algo a respeito ou não iria conseguir manter a promessa que fiz a Sandra, e o que seria deles? O Sérgio entrou na sala todo calmo e sorridente, pedi que fechasse a porta.
- me chamou? – perguntou
- obviamente, precisamos conversar um pouco – falei
- pode falar – disse se sentando
- você poderia me explicar o que você está tentando fazer roubando da empresa? – perguntei
- o que? Como assim? – perguntou
- não seja estupido. Cheguei o seu extrato bancário a algum tempo atrás, lembra da carga que foi acidentalmente perdida? Pois bem, entrou metade do valor na sua conta e creio que você não tem investimentos que paguem tanto – falei
- você andou vigiando minhas contas? – falou alterado
- sim, assim como a de todos os outros acionistas aqui, vai me dizer o que está acontecendo? – perguntei
Ele sentou-se novamente, começou a rir sozinho e alto. Fiquei sem entender o que estava acontecendo.
- isso não é piada – falei
- bom, pra mim é. Você quase me convenceu sabia? – falou
- o que? – perguntou
- quase me convenceu que era mesmo o Paulo. Hora essa, acha que eu sou idiota é? Eu sei que você é só uma imitação barata daquele filho da puta do Paulo, sorte minha que ele está morto. Eu cansei de você ficar bancando o tirano aqui dentro – falou
- você é louco sabia? – falei
- louco? Quem você acha que mandou ir atrás do terreno em? eu sei que você morava lá antes do imbecil do Joaquim ir atrás de você, sei que não passava de um pobre que vivia dentro de um restaurantezinho mesquinho, agora eu acho bom você esquecer esse pequeno deslize e eu não conto para todo mundo que você não é o Paulo – falou
- está maluco? Acha que alguém vai acreditar na sua bobagem? – falei
- e quem não iria? – perguntou
- tudo bem, eu confesso. Não sou o Paulo, só quem, temos muito mais do que só o rosto em comum, nosso sangue digamos que é igual ou seja, se for exame de DNA, vai dar no mesmo, o Augusto que vivia naquela vila, está morto, no máximo você vai conseguir um vexame enorme e muitos anos de cadeia pela fraude – falei
- e se por acaso eu enterrasse você junto a seu irmão em? – perguntou
- acha que me mete medo? Você conhecia o Paulo e não a mim, eu nasci sem dinheiro e agora que tenho posso fazer muita coisa, agora, ela perdoou o seu “deslize”, se você parar as obras e procurar outro lugar para construir – falei
- você é mesmo diferente dele, o Paulo se cagaria de medo só de falar comigo desse jeito, tenho que admitir, você é ambicioso – falou
- o Paulo fazia muito mais coisas do que você imagina, agora por favor não venha me ameaçar novamente ou vai ser você quem vai comer capim pela raiz, e não é um ditado. Sai daqui, já estamos conversados – falei
- isso não vai ficar assim – falou sorrindo
- claro que não, - falei
Ele saiu da sala achando que eu não estava com medo, mas eu estava me cagando de medo, quase borrado. Ouvir ele assumir que mandou matar o Paulo me deixou triste e com medo, com muito medo dele tentar algo.
Peguei o meu celular quase tremendo, liguei para o Joaquim que novamente demorou a atender;
- que é – perguntou

- eu estou quase enfartando de medo aqui, mas eu sei quem mandou matar o Paulo - disse
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