sexta-feira, 13 de junho de 2014

A Identidade - Capitulo 6


Não fiquei muito tempo naquele prédio, quando estava saindo, fui abordado pela Sandra que segurou o meu braço me impedindo de andar. Logo um rapaz forte a segurou.
- o Sr. Está bem? – perguntou
- Guto, você tem que me explicar que merda é essa – ela falou
Naquele momento, eu já não podia mais esconder o que estava acontecendo, ela sabia que era eu, o Augusto. Eu olhei bem para ela que tentava sair dos braços do segurança.
- solta ela – falei
- tem certeza senhor? – ele perguntou
- solta ela, - falei novamente

Ele soltou e ela ficou me olhando, ali eu percebi que a vida que levávamos não era tão boa quanto eu pensava. Ela parecia triste e tinha todos os motivos do mundo para estar assim.
- Sandra, me desculpa por tudo – falei

- por que você fez isso? Como conseguiu fazer com que pensássemos que você estava morto? Como? – gritou
- não vamos conversar aqui, vem comigo – falei
- não vou a lugar algum até você me explicar isso tudo? O que está fazendo vestido desse jeito? – perguntou
- por favor, eu vou explicar, só vem comigo – falei
Olhei para ela e comecei a caminhar até o carro onde um motorista me esperava, ele abriu a porta e ela entrou, entrei em seguida. Fomos o caminho todo em silencio, ela não me disse nada e eu também não me atreveria a falar ali. Chegamos a casa, a porta do carro foi aberta, saímos e entramos na casa. Uma das empregadas me olhou.

- bom dia Sr. Paulo – falou
- bom dia – falei entrando
- o Sr. Deseja alguma coisa? – perguntou
- só que, ninguém me incomode pelos próximos minutos – falei
- tudo bem senhor – falou
- vem comigo – falei a Sandra

Subimos as escadas, passamos pelo corredor, abri a porta do quarto, ela entrou e em seguida eu entrei fechando a porta. Tirei o terno ficando apenas com a camisa e a calça.
- nossa, vai me dizer que ganhou na loteria, trocou de nome e de vida sem contar a ninguém? – perguntou
- não, não necessariamente ganhei na loteria. – falei
- então vai me explicar de onde tirou tanto dinheiro para comprar essa casa? Andar todo arrumado e com empregados? -  falou

- olha Sandra. A alguns dias atrás, um rapaz foi me procurar no restaurante, no mesmo dia em que eu supostamente morri. Ele me disse que eu tinha um irmão gêmeo, o Paulo, me disse que ele estava morto e que haviam pessoas querendo tirar tudo o que ele conquistou, que pessoas o mataram e desde então eu estou fingindo ser o Paulo, estou tentando descobrir quem fez isso com ele – falei
- perai, acha mesmo que eu vou cair nessa conversa de série de televisão? Acha que eu sou o que em? Uma vadia qualquer? Uma idiota que vai acreditar em você? – gritou
- não estou mentindo, o corpo que você viu, que você enterrou não era o meu, era o do Paulo, dono de uma grande empresa, de uma grande fortuna e eu queria te contar, mas não pude, não por enquanto – falei
- eu não estou acreditando – falou chorando
- acredite em mim, eu não tenho por que mentir, não agora – falei

- ao mesmo tempo que eu estou com vontade de te bater, eu estou com vontade de te abraçar, você não sabe o quanto eu chorei, o quanto o pessoal chorou por você – falou
- eu chorei o mesmo, como se eu estivesse perdido a mim mesmo, assim como eu perdi, o Augusto não existe mais, não por parte – falei

Ela ficou me olhando como costumava fazer. Sandra levou um tempo para entender, não esperava que ela aceitasse de vez. Levamos a tarde toda conversando sobre essas coisas, minha sorte é que o Isaque não veio para casa. No finalzinho da tarde ele me ligou.

- oi – falei atendendo
- oi meu amor, não vou para casa hoje, tenho plantão até mais tarde, o hospital está cheio – falou
- tudo bem meu lindo, não se preocupe – falei
- te vejo amanhã, te amo – falou
- também te amo – falei olhando ela
Ele desligou.
- meu lindo? Te amo? Vai me dizer que o seu irmão era gay e tinha um namorado? – perguntou

- quase noivo, se conhecem desde novos – falei
- meu Deus, em que diabos você se meteu? – perguntou
- não sei, mas a cada momento que passa eu sinto como se tudo fosse dar errado, me arrependo de ter me enfiado nesse meio – falei
- eu... eu tenho que ir, está tarde – falou
- eu vou pedir ao motorista para te levar – falei
- eu vou de ônibus – falou
- não vai não, ele vai levar você e amanhã ele irá te busca, quero que me ajude – falei

- ajudar você? Olha, eu estou muito, mais muito machucada, não preciso do seu motorista, não preciso da sua ajuda e não quero que você me procure, o Augusto morreu e eu não tenho mais amigo, nem irmão – falou saindo
- Sandra, volta aqui – falei
Ela desceu as escadas correndo, tentei ir atrás dela mas foi impossível, ela saiu correndo. Pedi ao Fernando, o motorista que a seguisse, para ter certeza de que ela estivesse bem.

Se eu já estava machucado antes, agora estava muito pior. A noite chegou, tomei o meu banho, meu celular tocou.
- onde você está? – perguntou
- o que? – perguntei
- sou eu, Felipe, onde você está? Estou te esperando – falou
- eu tive um imprevisto, - falei
- estou te esperando, não demore – falou desligando

Olhei o aplicativo que o Joaquim colocou no celular e verifiquei, realmente funcionava. O endereço era de um bairro de classe média, peguei minhas coisas e sai informando o local, demorou um pouco e logo chegamos, era um apartamento, logo na entrada, antes mesmo de perguntar um rapaz veio falar comigo.
- Sr. Paulo, o seu Felipe está lhe esperando – falou sorrindo
- eu perdi minha chave, será que tem uma cópia? – perguntei
- claro senhor, só um minuto – falou

Ele pegou umas chaves dentro de uma caixa, me entregou. Não tinha número nenhum na chave, era apenas um chaveiro simples. Fiquei olhando para ele que logo me entregou um envelope também.
- chegou isso para o senhor – falou
- obrigado – falei

Olhei o envelope, estava endereçado e nele tinha o número do apartamento. Dobrei a carta colocando no bolso, subi no elevador até o sexto andar, abri a porta do apartamento, era um apartamento médio, fechei a porta e caminhei devagar sem saber onde estava me metendo, o primeiro corredor que achei eu entrei, era a cozinha, fiquei olhando e logo alguém me pressionou na parede grudando seu corpo ao meu, colocou sua boca em meu pescoço e começou beijando, foi subindo e subindo até minha orelha.

- você demorou – sussurrou.

Ele me virou e frente para ele, era bonito, olhos azuis, boca rosada, cabelos loiros e caídos nos olhos, sarado na medida certa, ele estava apenas de cueca. Logo soube do que se tratava, o Paulo tinha um amante.

Seus lábios encontraram o meu sem nem pedir permissão, e ao contrário do beijo do Isaque, o dele tinha uma coisa mais forte, era mais tesão e menos paixão, era mais desejo, suas mãos escorregavam pelas minhas roupas afim de tira-las, eu não estava me controlando, ele logo me puxou fazendo com que eu subisse nele, caminhamos até o sofá onde ele me jogou, tirou minha camisa e começou beijando meu peito, tentei respirar e ele não deixava.
Ele estava controlando tudo, tentei me sair, mas o meu corpo dizia para ficar, e não sei se alguém consegue se controlar em uma situação dessas. 
Minutos depois, lá estava eu, de quatro no sofá gemendo com ele chupando o meu cu e me dando tapas na bunda, não demorou para ele colocar uma camisinha e me comer naquela posição, seu pau era médio, deveria ter uns 18 a 19 cm, ele encaixou todo dentro de mim e sem mudar de posição ele gozou e eu também melando o sofá.

- que delícia, estava com saudades de você – falou
Eu fiquei quieto, não sabia o que responder, não deveria nem ter transado com ele, senti como se tivesse traído o Isaque, como se tivesse feito alto errado.
- por que está quieto? – falou me beijando
- algumas coisas – falei
- entendo. Eu tenho algo para você – falou levantando

Entrou em um corredor eu o segui, entrei no quarto cuja a porta estava aberta, ele estava mexendo numa gaveta, caminhei para perto dele e me sentei na cama. Ele me olhou e colocou uns papeis em cima de mim.

- você pediu para ficar de olho no meu pai, ele fez algumas transações semana passada, eu vi ele assinando uns papeis e da última vez que ele conferiu as contas dele, o valor era 5 vezes menor – falou
- o que você quer dizer? – perguntei
- olha, você vai ver que entrou uma quantia de meio milhão de reais na conta do exterior dele, não sei onde ele conseguiu tanto dinheiro assim, - falou
- meu Deus, - falei
- não sei no que o meu pai está metido e não quero ver ele afundar a sua empresa, - falou
- eu fiquei sabendo hoje que um carregamento de aproximadamente 1 milhão não foi entregue – falei olhando os papeis

- só me avisa antes se for fazer algo com isso, não quero ser pego de surpresa – falou 
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3 comentários:

  1. MUITO BOM, ACHO QUE O PAULO NÃO ERA SANTO, PELO JEITO ELE ESTAVA USANDO O FILHO DE UM DOS SÓCIOS PARA ESPIONAR O PRÓPRIO PAI.

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  2. Oi querido! Adorei seu conto...como sempre surpriendente. Posta o setimo capitulo do identidade. Beijos

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