Eu
acho engraçado quando as pessoas dizem: “A Vida é mesmo uma caixinha de
surpresas”, não por não concordar, mas por que de certa forma faz sentindo e
isso é um pouco estranho diante dos meus pensamentos.
A
vida é realmente uma caixinha cheia de surpresas, de idas e voltas, de uma
magnitude jamais vista.
Naquele
dia, conseguimos nos acertar novamente, voltamos à estaca zero e tudo estava
como antes. De acordo com que o tempo ia passando as coisas iam melhorando
entre nós dois e de certa forma piorando, no sentindo da vida, de que nem
sempre somos felizes.
Os
pais do Binho não estavam mais de cara feia ou coisa do tipo, eles conversavam
com ele, ligava e até pensou em devolver o carro mas o Fábio não aceitou e nem
eu deixei, não por ser ruim da minha parte, mas por que não é comprando alguém
que teremos o amor e o respeito que merecemos.
O
pai dele me convidou para o almoço de aniversário da mãe dele, mas eu recusei,
não venho fazendo isso para parecer a vítima, eu simplesmente quero dar tempo
ao tempo e não acho que vai ser aparecendo em uma festa com muita gente fina e
conhecida dos pais dele que eu vou consegui mostrar quem eu sou, e de antemão,
já vim pensando em evitar qualquer tipo de briga.
Pode
não parecer, mas eu sou uma pessoa que não gosta de brigas, detesto ver gente
se engalfinhando por ai e fico extremamente chateado quando acontece perto de
mim, não é quebrando a cara um do outro que vai resolver as coisas. Não que eu
nunca tenha brigado, já briguei e muito, mas hoje eu prefiro não aderir a esse
tipo de coisa.
Recusei
bonito o convite, agradeci mas disse que não seria nada conveniente da minha
parte aparecer, muito menos seria agradável pra eles contar que o filho deles é
gay e não quero mais brigas entre eles e o Binho agora que as coisas se
acertaram.
Continuei
com minha vida básica, O natal já havia passado e estávamos beirando o ano
novo. Fábio foi comemorar com a família dele e mais uma vez eu fiquei com a
Sara e o Sérgio, passei com eles. No ano novo decidi que iria fazer um jantar e
convidei meus amigos, e claro que eu fiquei chateado por não ter passado o
natal com o Fábio, seria nosso primeiro natal juntos e isso não aconteceu, foi
frustrante e mais uma vez eu engoli em nome da paz.
Convidei
meus amigos para o ano novo lá em casa, decidi decorar a casa, arrumar tudo e
fazer uma festa de ano novo a caráter, mesmo que fosse me custar uma grana boa,
mas iria me dar ao luxo de comemorar pois nos outros anos eu acabei não
comemorando como queria.
Estava
tudo combinado, eu comecei a arrumar a casa com a Sara e o Sérgio que me
ajudavam, Fábio havia saído para comprar comida e bebidas pois os amigos dele
também decidiram vir, e uma coisa estava me incomodando. O Fábio conheceu um
rapaz na turma dele, entrou na faculdade para completar o curso e acabou
ficando na mesma turma, ficaram muito amigos em pouco tempo. Até então eu não
falei nada pois achei que era apenas mais um amigo.
Dia
31 de dezembro de 2011 caiu em um sábado e um dia antes, na sexta, o Fábio foi
jogar bola pois no sábado todos estariam ocupados e tudo mais. Ele me chamou,
mesmo tendo muitas coisas para fazer eu fui, lá estava ele, lindo e todo
gostoso jogando e o amigo dele lá na cola jogando junto, o Rafael. Ele ficou
toda hora alisando o Fábio, passando a mão nas costas, nos braços e ria, e o
Fábio apenas ria juntos enquanto os outros rapazes ficavam gritando e falando
as merdas de sempre.
Fiquei
mais do que com raiva, óbvio que eu não consegui controlar o ciúme que eu
estava sentindo, ele estava descaradamente tirando casquinha do Binho, e
falando em Binho, só eu tenho esse costume de chamar ele assim, e o dito cujo
do Rafael, passou a chamar ele de Binho.
Ele
continuou alisando, dava tapa na bunda de vez em quando, começou passando a mão
no peito e eu só observando, mas chegou uma hora que eu não aguentei e ao invés
de ir lá e enfiar a cara dele na grama, eu apenas fui embora sem falar com
ninguém, peguei um ônibus que estava lotado por sinal e fui embora, só sei que
demorei pacas para chegar em casa pois a peste do ônibus ainda quebrou.
Não
percebi nem meu celular tocando da raiva que eu estava, quando cheguei em casa
o Fábio estava sentado no sofá me esperando e começou a perguntar onde eu
estava e por que eu havia ido embora.
-
você ainda pergunta por que eu fui embora, não se faça de bobo Fábio – falei
-
bobo? Como assim? Se você não me falar eu não vou saber – falou
- a
tá, como se você não tivesse percebido que o seu amigo estava tirando
casquinha, ou melhor, cascão de você, eu não sou do tipo que fica olhando essa
coisa acontecer na cara dura – falei
- é
por isso? Pelo amor de Deus Davi, somos somente amigos, ele é assim com todo
mundo – falou
-
quando eu falo que todos inventam a mesma desculpa você não acredita. Mas quer
saber? Continuei do jeito que está, daqui a pouco ele vai estar dormindo com
você na nossa cama e eu no chão – falei indo pro quarto
-
volta aqui Davi, deixa de ser paranoico – gritou
- me
deixa que eu estou com raiva – gritei
Ele
me seguiu e antes que eu pudesse entrar no banheiro ele me segurou.
-
olha pra mim quando eu estiver falando com você e não vire as costas, quantas
vezes eu tenho que te dizer que nenhum homem ou mulher me interessa além de
você, enxerga isso porra. – falou
-
não seja sínico Fábio – falei
-
não é cinismo, é a verdade. Ele pode tirar a casquinha que ele quiser passando
a mão em mim, não vai acontecer nada, eu já disse que te amo e estamos juntos a
tempo o suficiente para acabar com essa desconfiança – falou
-
você sabe que ele faz isso e não age, deixa acontecer. O que você faria se
alguém começasse a passar a mão em mim desse jeito em? – perguntei
-
provavelmente eu arrancaria a mão – falou rindo
Eu
não aguentei e tive que rir também.
-
você fica lindo com ciúmes sabia? Bem lindo e gostoso. Agora vamos parar de
brigar por coisas bobas. Eu prometo que ele não irá mais fazer isso – falou
-
não quero que perca amizades por causa de mim – falei
-
não vou perder, só que tudo tem um limite e eu acho que ele passou do dele –
falou beijando meu pescoço
É
minha gente, não consigo brigar com ele por muito tempo, mas ainda sim fiquei
com aquela pulguinha na orelha que todos ficam.
Voltando
ao sábado, estávamos arrumando tudo quando ele entrou com a camisa pendurada no
ombro e as sacolas nas mãos, mas, assim que eu olhei para ele estava com o
canto da boca sangrando. Eu me levantei e corri até ele.
-
que diabos foi que aconteceu? – perguntei
-
será que podemos conversar no quarto? – perguntou
Ele
colocou as coisas perto do sofá e eu fui ao quarto com ele deixando a Sara e o
Sérgio na sala com olhares curiosos.
- o
que aconteceu – falei fechando a porta e me aproximando dele
- eu
briguei com um idiota que eu encontrei na saída do mercado – falou
-
como assim? Por que? – perguntei
-por
que ele me disse que eu melei o seu encontro com ele para te comer, e ainda
disse que havia te comido e era mesmo gostoso – disse
-
cada dia eu penso que as coisas melhoram e só pioram – falei
-
bom, você perguntou ontem o que eu faria se alguém fizesse algo com você, eu
fiz, bati nele – falou rindo
-
você ainda dá risada? Isso não é engraçado. Deveria deixar essas coisas para lá
– falei
-
não dá poxa, ele ainda quebrou a caixa de cerveja, nem consegui entrar para
comprar outra – falou
- me
diz em que estado você deixou ele? Por que pelo visto você não apanhou muito –
falei
- e
você acha que eu sou homem de apanhar? Eu bato e não apanho, deixei ele caído
no estacionamento, ele deu sorte que eu só bati por você e não pelas cervejas –
falou
- eu
não sei se te bato ou se te agradeço, mas a primeira opção é bem convidativa –
falei passando a mão em seus lábios
Ele
segurou em meu pulso e me puxou para perto dele. Encostou seu rosto perto do
meu e me beijou, ainda pude sentir o gosto do pouco sangue que ainda restava,
mas eu não estava nem ai, estava gostoso beijar aquele daquele jeito, suadinho
e todo marrento. Ele ficou por cima de mim na cama.
-
caralho – falou
-
sua boca está machucada – falei
- não
estou falando da boca, continua – falou beijando meu pescoço
-
amor eu acho melhor pararmos, tenho que arrumar as coisas – falei entre gemidos
-
uma rapinha vai, só uma – falou me beijando
Começamos
a nos beijar com mais força, mais desejo e ele logo arrancou minha roupa,
deitou sobre mim colocando seu pau na entrada do meu orifício, passou cuspe e
foi metendo aos poucos, me rasgando e me tirando do sério ao mesmo tempo. Ele
ergueu minhas pernas como se fossem de pano, colocou em seu ombro e expandiu
meu cuzinho ao máximo, metendo forte e gemendo, dando tapas leves em minha
bunda e apertando a mesma enquanto eu me masturbava.
Ficamos
menos de 20 minutos e ele gozou dentro de mim caindo de lado e me beijando.
Coloquei a roupa ainda ofegante e deixei ele na cama deitado me olhando com
aquele cara safada.
Quando
voltei para a sala o Sérgio me olhou e com as mãos fez um gesto simbolizando
uma foda, eu ri e mostrei o dele a ele.
-
diz o que aconteceu? – Sara perguntou
-
ele disse que brigou com um conhecido no estacionamento do supermercado e
acabou perdendo a caixa de cervejas – falei
-
ele apanhou? – Sérgio perguntou
-
claro que não, ele bateu e muito, disse que deixou o indivíduo caído no chão –
falou
- ai
meu Deus, preciso de um macho assim – Sérgio falou
-
olha a inveja, tire seus olhos gordos de cima de mim – falei
-
você me respeite viu, eu enfio a mão na sua cara e dou-lhe uma voadora – ele
disse
-
gente, vocês não estão vendo o problema? – Sara falou
-
pois é, o cara pode estar machucado – falei
-
não é isso, por mim ele pode ter perdido um dente. Estamos sem bebidas e os
supermercados não ficaram abertos 24 horas – falou
A
solução foi pedir ao Dani, namorado da Sara para comprar bebidas.
-
quer dizer que para agradecer a ele por ter brigado por você, a senhora deu uma
rapidinha – Sérgio falou
-
quase isso meu amor, quase isso – falei
-
pois escutamos daqui os tapas e gemidos – ele disse me olhando
-
não morra. Logo encontrarás um bofe – falei
- a
verdade é que eu já encontrei, não queria dizer nada pois era segredo – falou
- e
quem é? Por que você não conta essas coisas em miséria? – Sara falou
-
por que ele me disse que não estávamos nos conhecendo ainda. – ele disse
- e
quem é? – perguntei
- um
professor da faculdade – falou rindo
Quase
engasguei com minha própria saliva.
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