Depois
de toda aquela emoção de eu ter conseguido o meu emprego, me restava agora
obedecer ao chefe, e assim eu fiz, liguei para a Camila e pedi a ela que fosse
fazer isso pra mim, ela quase surtou dizendo que eu estava parecendo uma vadia
pulando de galho em galho.
Não
consegui xingar ela pois estava no meu local de trabalho, mas enfim, agradeci e
desliguei. Peguei os relatórios que ele me pediu, bati na porta sala
devagarzinho.
- com
licença Sr. Caio, trouxe os relatórios que pediu – falei
- os
balanços estão juntos? – perguntou
-
sim, todos atualizados – falei
-
ótimo, obrigado – falou sorrindo
- com
licença – falei saindo
Eu
não sabia se ele estava rindo de mim ou pra mim, eu estava intrigado com
aquilo, eu havia feito um papel de idiota na frente dele e agora estava
sofrendo com uma dúvida enorme.
Lá
estava eu inocentemente sentado em minha mesa quando alguém parou a minha
frente me olhando. Eu ergui a cabeça e vi a Vanessa me olhando.
-
posso ajudar em algo? – falei
-
não, na verdade não – falou indo até a porta do escritório do Caio e entrando.
Eu
fiquei observando e cheguei até a desistir, ela não iria mais sair daquela
sala, claro que passou milhões de coisas em minha cabeça, e quando menos eu
esperei, ela saiu fechando a porta e passando direto com a cabeça erguida sem
nem ao menos olhar na minha cara.
Também
não me importei, apena continuei fazendo o meu serviço.
Já se
passava do meio dia quando a Camila me ligou dizendo que havia mudado o nosso
turno e que teve que brigar com a diretora pois ela brigou pelo fato de
estarmos mudando de turno demais.
Estava
eu na minha inocência me preparando para sair pro almoço, ainda sem saber onde
ia quando o Caio saiu da sala pousando na minha frente com o celular na mão.
-
está pronto? – perguntou
-
como? – perguntei
-
temos um almoço com uma distribuidora, preciso de você para anotar os detalhes –
falou
- mas
não estava na agenda – falei
- foi
marcado agora a pouco, esteja pronto em 10 minutos – falou
-
tudo bem – falei
Eu me
levantei para organizar as coisas na mesa e ele me olhou sério.
- você
pode vir comigo? – perguntou
-
claro, - falei
Ele saiu
andando e eu atrás, entramos no elevador e subimos uns dois andares, paramos em
um andar que por sinal era o céu dos estilistas, um lugar cheio de roupas, um
andar inteiro cheio de roupas, homens e mulheres trocando de roupas e gente
desenhando.
Ele caminhou
e eu atrás seguindo ele, cumprimentou um rapaz e logo me mandou entrar em uma
sala.
-
senta ai e me espera – falou
Eu me
sentei em um sofá vermelho, haviam espelhos em três das quatro paredes, um
lugar lindo e todo arrumado. Fiquei sentado e ele logo apareceu e junto a ele
um rapaz moreno, colocaram coisas em cima do sofá e o rapaz moreno saiu.
Ele fechou
a porta e sentou-se em um banquinho.
-
tira a roupa – falou
“Como
eu esperei por esse momento” – pensei.
Eu fiquei
sem entender o que ele queria e claro fiquei com vergonha de tirar a roupa na
frente dele, não era lá uma pessoa tão desinibida quanto parece; mas ele logo
me mandou tirar a roupa novamente e assim eu fiz, fiquei apenas de cueca.
Ele foi
me instruindo e calma gente, não fomos transar, eu bem que queria me derreter
nos braços dele, mas não ia acontecer. Apenas pediu que eu colocasse a roupa
que havia dentro de uma capa plástica.
Assim
eu fiz ficando de costas para ele que mexia no celular e de vez em quando
ficava olhando minha bunda. Eu coloquei a calça cinza clara e a camisa gola V,
ainda coloquei uma jaqueta banca por cima, linda por sinal. Fazia parte do
conjunto, calcei os sapatos que ele também trouxe. Assim que eu terminei com o
sapato ele me olhou.
- dá
uma virada – falou
Eu virei
devagar.
-
ótimo, bem melhor assim. Fica com essa e queima as roupas que você veio, de
hoje em diante você trabalha para um empresário da moda, não importa quanto
custe a roupa, sendo apresentável e estando dentro da estação, está ótimo. –
falou levantando
Eu peguei
apenas meu celular e meus documentos no bolso da outra calça e deixei as roupas
lá, saímos da sala e no meio do corredor um rapaz o parou entregando a ele uma
bolsa de lado, no estilo carteiro, linda e personalizada com a bandeira dos
estados unidos.
-
demorou – ele falou
- é
que estava no estoque de baixo – falou
-
ótimo. Toma, coloca ai dentro a minha agenda, o tablet e tudo o que mais for
preciso, não pode sair na rua segurando tudo nas mãos, – falou me entregando
Eu peguei
a bolsa e entramos no elevador, voltamos ao andar e ele me mandou pegar as
coisas na mesa e encontrar ele no estacionamento, corri até a mesa e coloquei
as coisas dentro e corri para o elevador, no meio do caminho ainda encontrei
com a Vanessa que me olhou de cima embaixo.
Aquela
semana foi complicada, eu quase não consegui respirar direito, era Ben pra lá, Ben
pra cá, pega isso, pega aquilo, um tal de vai aqui e vai ali, só sei que foi
muito apertada, mas uma coisa valia apena, ver ele sorrindo toda vez que me
via, e o jeito como falava comigo.
A dona
Vanessa já deixou claro que não foi com a minha cara e que não iria de jeito
nenhum. Peguei amizade com o pessoal de lá mesmo não sabendo o nome de todos
ainda, e fiquei sabendo que ela brigou com o Caio para que ele me demitisse.
Algumas
coisas eu não sabia que existia dentro daquela empresa e fiquei sabendo, como
por exemplo a Adriana é lésbica e eu não sabia, achei super fofo ela me
contando que estava apaixonado por uma garota que ela conheceu em uma festa e
tudo mais. Fiquei sabendo que além do Caio e da Vanessa, ainda tem mais um
outro proprietário da empresa, o Ricardo, amigo do Caio.
Só fiquei
sabendo que ele existia por que tive que ir busca-lo no aeroporto, e lá estava eu,
segurando uma plaquinha que na verdade era uma folha de papel de oficio com o
nome RICARDO RODRIGUEZ.
Fiquei
esperando por quase uma hora e nada dele aparecer, e nossa, enquanto eu
esperava eu comecei a olhar um boy lindo, loiro e com óculos escuros no rosto,
braços fortes, caminhava para a saída com uma mala na mão, my God.
Olhei
para o lado pois alguém me cutucava, olhei para ver quem era e um moreno
sorrindo me perguntou:
-
minha mãe te mandou aqui? – perguntou
- sua
mãe? Não, o Sr. Caio me mandou – falei
-
desculpa então, pessoa errada – falou
Olhei
para o outro lado e o loiro havia sumido, continuei ali até que eu o vi
caminhando em minha direção, gelei e ele foi se aproximando.
- já
sei, o louco do Caio te mandou no lugar dele – falou se aproximando
- Ricardo?
– perguntei
- em
carne e osso – falou rindo
E que
carne, quanta carne naquele corpo para ser explorada, deverei ser tumbado, patrimônio
público.
- eu
sou assistente do Sr. Caio, me chamo Bernardo – falei
- prazer
Bernardo – falou apertando minha mão
- deixa
eu ajudar com a mala – falei
- não
precisa, eu levo – falou sorrindo
-
tudo bem, vamos? – perguntei
-
claro. – sorriu
Fomos
para o estacionamento e logo entramos no carro, ele me pediu para dirigir o
carro, eu não iria negar, deixei ele dirigir, foi o mesmo que pedir para
morrer, ele correu muito e ainda sorriu, confesso que fiquei com medo, mas
gostei da emoção.
Chegamos
na empresa e subimos. Ele ficou conversando com o Caio dentro da sala por vários
minutos. Terminei meu turno e fui para casa cansado, ainda bem que era sexta
feira, fui para o colégio, estudei com muita preguiça mas eu estudei.
No sábado,
não cheguei nem no escritório, tive que ir direto para um clube onde eles
estariam, o lugar era enorme e tinha de tudo, desde sauna a SPA, piscinas e
academia.
Caio estava
lá com o Ricardo e mais dois rapazes conversando em uma mesa no restaurante do
clube, conversavam sobre as novas peças e eu sempre anotando tudo.
Logo terminou
e ele foi entrar na sauna, foi até ao banheiro e me mandou esperar por ele,
saiu de dentro do banheiro apenas com uma toalha enrolada na cintura, meu Deus,
quase enfartei quando o vi daquele jeito, sorriu pra mim e entrou na sauna, eu
acho que estaca ficando apaixonado por aquele sorriso dele.
Fiquei
feito bobo olhando ele entrar, quando a porta se fechou eu olhei para o lado e Ricardo
estava me olhando. Me recompus.
- não
precisa disfarçar – ele falou
- o
que? – perguntei
- você
babando pelo Caio, - falou
- não
estou babando por ninguém – falou
-
não? Está na sua cara, só não deixa a Vanessa descobrir ou você está ferrado –
falou se aproximando
- eu
já disse, não estou babando por ninguém – falei
- por
que você não admite que quer ele em? Ou que sente tesão por ele? – falou ficando
de frente para mim
Ai agora
já era sacanagem, eu não iria conseguir pensar com aquele homem gostoso na
minha frente me encarando com aqueles olhos azuis lindos. Ele foi se
aproximando de mim e me prendendo na parede perto dos armários, encostou o
corpo bem perto do meu;
- você
consegue sentir algo? – perguntou
-
e...e... – não consegui falar
esse ben é uma figura enquanto a vanessa não perceber ele babando pelo caio ta tudo certo o negocio vai ficar feio.
ResponderExcluirOlá, eu estava lendo Meu chefe, minha paixão pela casa dos contos e estava no capitulo 43, quando os outros estarão disponíveis no site:? PS: Adoro seus contos PARABÉNS para você
ResponderExcluirMUITO BOM, SERÁ QUE ELE VAI FICAR ENTRE OS DOIS CHEFES? E QUE A VANESSA NÃO VEJA ELE BABANDO PELO SEU HOMEM, OU ELA MATA ELE.
ResponderExcluirKkkk coitado do ben.
ResponderExcluirTá ficando quente
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