Meu Hétero Favorito - Capitulo 16

Uma das primeiras coisas que eu pensei foi “Fodeu, corre Davi que eles encontraram tua casa”. Juro que pensei em correr o máximo que podia, me jogar da janela, mas eu me amo demais para isso.

- o que vocês estão fazendo aqui? – perguntei

- não vai nos cumprimentar? Viemos visitar você – Dani falou

- isso eu estou percebendo, quero saber o que fazem aqui na cidade – perguntei segurando a porta

- viemos para o show do Luan Santana, e como a Dani e eu somos mega fãs – falou Carlos rindo

- então eu acho que erraram o endereço, pelo que eu sei não tem nenhum palco montado por aqui. Tchauzinho – falei

- calma ai Davi, deixa de ser grosso, viemos ver você, pelo amor de Deus – Dani falou

Eu pensei em mandar eles irem embora, vazarem, correrem, mas, a Dani ainda era a minha irmã, mesmo sendo uma safada ainda era minha irmã e eu levo em consideração o tanto que ela me ajudou.

- tudo bem, podem entrar – falei dando espaço

Eles entraram, cumprimentei o Henrique que parecia estar constrangido. Pedi que sentassem e eles fizeram, ainda passei a vassoura no pé da Dani, ela ficou louca pois era daquelas que acreditavam que, se passasse a vassoura nos pés, ela não iria casar, tadinha, tão grande e tão boba.

- onde está o Fábio, vocês não moram juntos? Fiquei sabendo que terminaram – Carlos falou

- na verdade estamos super bem (agora sim eu estava falando a verdade), o Fábio saiu, foi jogar com os amigos – falei

- hum, e você banca a dona de casa que varre, lava, passa e cozinha? – ele perguntou

- claro né, eu não sou desse tipo por ai que fica querendo casar depois de dois meses de namoro, sem contar que ainda depende dos pais para pagar a própria festa – falei

- isso é uma indireta? – ele perguntou - não meu querido, é uma direta mesmo. Eu trabalho, tenho que manter minha casa organizada – falei

- não vim para brigar – ele falou

- ótimo, pois eu cansei, e estou no meu território – falei

- eu acho que já deu né? Deveríamos ir, ficou bem claro que o Davi está muito ocupado – Henrique falou

- não, acabamos de chegar. Eu nem nunca vim aqui, queria conhecer o lugar – Dani falou levantando

Tive que mostrar o AP a eles, claro que estava no tédio, não que eu não suportasse passar um tempo com a Dani, sempre tínhamos algo para conversar, desde que eu me assumi levávamos horas falando de homens que víamos e que conhecíamos, riamos muito, mas isso foi antes dela virar uma cretina. Mas eu ainda a amo <3.

Como eu não sabia a hora que o Fábio chegaria para me salvar, pedi a Dani que servisse uma torta que tinha na geladeira e depois de arrumar tudo eu fui tomar um banho, tranquei a porta do quarto é claro né, peguei meu celular e mandei uma mensagem a Sara para que ela me ajudasse, tive que insisti muito, ela estava vendo filmes com o namorado, cheguei a implorar mesmo e ela disse que viria.

Quando finalmente terminei meu banho, que sai do quarto já vestido, encontrei a Sara conversando com a Dani, riam feito duas amigas de longa data, e o Carlos falando bobagem junto, o Henrique estava sentado olhando para eles com cara de tedio.

Confesso que cheguei a ficar com pena dele, o Carlos com certeza não era uma boa companhia, mas fazer o que né? Cada um tem um gosto e quem sou eu para discutir.

- amiga, você chegou rápido em – falei me aproximando

- pois é querida, cheguei abalando – falou me beijando e rindo

- espero não ter atrapalhado nada – falei

- você sabe que atrapalhou não é? Mas enfim, vim pelo prazer mesmo – falou rindo

- vaca traiçoeira – falei

- amei a sua irmã, ela é muito fofa e safada, parece a minha versão loira – falou rindo

Não sei se mencionei, mas minha irmã havia ficado loira. Sim, pintou os cabelos pois segundo ela Luan Santana gosta de loiras, ai amanhã ele diz que gosta de morenas e ela pinta, ele diz que gosta de japonesa e ela costura os olhos, quero ver ela costurar o rabo se ele disser que gosta de virgens.

- ótimo amiga, continuei assim. Eu vou fazer algo para comermos e quem sabe eles não vão logo né – sussurrei

Tive que fazer o almoço, a viada do Carlos pediu para me ajudar mas eu recusei, gosto mesmo é de fazer minhas coisas com quem ajude e com boas energias. Pode até parecer que eu pego pesado em relação a ele, mas qualquer deslize é pouco, pode significar minha vida ou minha morte.

Não aceitei a ajuda do Carlos, mas o Henrique acabou indo para a cozinha, ficou conversando comigo e eu coloquei ele para cortar legumes, claro né? Teria que fazer algo.

- lembra quando nos encontramos naquele parque perto do colégio? Você ficou me esperando debaixo daquela arvore, estava fazendo um frio imenso – falou rindo

- lembro sim, cheguei a ficar gripado e passei duas semanas assim por sua causa, fiquei lá e você não apareceu, acho que o pneu do carro da sua mãe furou não foi? – perguntei

- foi sim, furou no meio do caminho. Eu tenho que confessar... agi como um idiota e acabei perdendo uma pessoa maravilhosa como você – falou me olhando

- uns perdem, outros ganham. Mas, tinha que ser assim, você agora é casado – falei

- não casamos, deixamos para depois, estava cedo demais – falou

- hum, vocês ainda estão jovens, apesar de que o Carlos tem aquelas olheiras e as pernas de galinha também, mas ainda assim é jovem, tem muito o que viver – falei

- sabe de uma coisa? Às vezes eu acho que você faz isso com o Carlos por ciúmes de mim, sei lá – falou rindo

- não se ache Rick, o que tivemos foi especial, mas eu não sinto nada por você além de carinho, passamos mais de dois anos sem se ver e só senti isso. – falei

- eu acho que tem mais do que carinho ai – falou me entregando os legumes cortados

- tem mais do que carinho onde? – perguntou Fábio aparecendo

Parecia até cena de novela, ele apareceu. Eu poderia cortar o texto aqui, mas ficaria coisa de novela da globo, seriado americano. Ele ficou me olhando como se eu tivesse cara de culpado, não percebemos ele chegar e eu sei que a Sara deve ter feito um barulho enorme brincando com ele.

- pensei que iria comer com seus amigos – falei olhando ele

- não, decidi comer em casa – falou se aproximando de mim

- hum... que bom, hoje vai ter comida caseira e não enlatada – falei

Ele se aproximou de mim e me beijou, mas foi um beijo daqueles de deixar qualquer um constrangido, como se ele tivesse fazendo isso de proposito, mas na verdade ele estava mesmo. Só Deus sabe o quanto eu amei aquele beijo, delicioso, e ele estava com aquele cheiro de macho que acabou de chegar de uma partida de futebol, shortinho preto, camisa regata azul clara, suadinho ainda, delicioso, acho que se o Henrique não tivesse ali, eu o chuparia e sabe-se lá o que aconteceria depois.

Fábio apertou minha bunda com vontade e logo me soltou.

- eu vou tomar um banho, pra refrescar – falou saindo

A encarada que ele deu no Rick foi grande, mas eu não estava nem ai, só queria saber dele todo lindo daquele jeito. Olhei pro Rick depois que o Fábio desapareceu pro quarto e ele estava me olhando sem graça.

- onde paramos? – perguntei

- eu... eu acho que vou pra sala, conversar com o pessoal – falou

- sério? Tudo bem então – falei rindo

Ele saiu e obvio que eu fiquei pensando no Fábio. Uma coisa que eu não contei, ou se contei eu esqueci e vou contar de novo, desde que começamos a namorar, estamos nessa coisa de sexo quase todos os dias e a casa pega fogo, pra terem uma ideia, semana passada eu encontrei uma cueca minha em cima da estante, estava limpando e encontrei a cueca que o Fábio havia tirado e jogado pra cima, havia ido parar lá.

Ele na cama é um animal insaciável e eu adoro isso, sou viciado também, gosto quando o homem mostrar várias possibilidades e que não fica só naquele romantismo todo, só no papai e mamãe, de conchinha, tem que ter pegada e metida forte para viciar.

Desculpe se parece louco demais ou até desesperado, mas fazer o que né? Eu gosto de sentir a coisa entrando mesmo, e é uma das diversas qualidades que eu observo em um homem, o jeito como ele conduz o sexo, o jeito com beija, como segura meu corpo, tudo isso vale e como vale.

Fábio tomou banho, ficou cheiroso e gostoso, havia colocado outro short de jogar bola verde e uma regata na cor bege, ficou descalço mesmo pois era como ele gostava de ficar em casa, bem confortável e eu acho isso ótimo pois você relaxa o corpo e a mente.

Nós almoçamos, o Carlos ficou fazendo perguntas ao Fábio sobre como nos conhecemos, as mesmas perguntas que ele fez em floripa, a mesma chatice agora estava de volta aqui. E gente, o clima só não ficou feio entre o Fábio e o Rick por que a Sara e a Dani estava rindo feito duas hienas de sabe-se Deus lá o que, eu prestava mais atenção do meu homem para ele não voar em cima do coitado do Rick.

Assim que terminou aquela confraternização de família de comercial de margarina de baixa qualidade, que todo mudo foi embora, agradeci duplamente a Sara por ter me ajudado ou eu estaria lascado com tudo. Felizmente ninguém pediu abrigo, pois eu teria que sofrer, mas tem um parêntese aqui, o Fábio estava todo saidinho pro lado da Dani, convidou ela para tomar uma cervejinha no bar no domingo, ele disse que apresentaria ela ao Guto, fiquei com a perna atrás da orelha, por que o pé é pouco pra mim. Já estava de noite quando finalmente tive paz, já havia terminado de arrumar a cozinha e tudo estava clean, eu caminhei lindamente para o quarto e o Fábio estava deitado vendo televisão, estava vendo jogo em um canal de esportes, eu me aproximei dele e encostei meu corpo ao dele, percebi que ele estava áspero comigo.

- o que foi? – perguntei

- o que foi? Você e aquele Henrique, o jeito como ele estava te olhando – falou

- não precisa ficar com ciúmes, deixa de bobagem Fábio – falei

- bobagem? Cara, eu chego em casa e topo meu namorado conversando com o ex sobre como ainda existe mais do que carinho entre eles, vai a porra Davi, eu não estou com ciúmes não, estou com raiva mesmo – falou

- deixa de ser idiota, o Rick sempre foi assim, nunca gostou de perder pra ninguém, além do mais eu não dou ousadia a esse tipo de coisa – falei

- nem eu te beijando ele parou de te comer com os olhos – falou

- você ficou todo saidinho pra cima da Dani e eu não briguei com você. Deixa de idiotice Fábio, para com isso – falei

- eu sou do tipo de pessoa que não consegue dividir nada com ninguém, o que é meu é meu, e o que eu acho que é meu é mais meu ainda – disse

- você é chato isso sim, agora vem cá que você me deixou com um tesão enorme hoje cedo – falei beijando o pescoço dele

- vai ter que fazer mais do que isso – falou

Eu desci beijando aquele peito lindo e delicioso, sem demora abaixei o short com cueca e tudo, dei uma cheirada para sentir o aroma delicioso que sai dali; pela primeira vez eu consegui reparar a fundo em como é o pau dele.

Eu segurei com a mão e fiquei observando, nas outras vezes eu mal segurava e já colocava na boca, mas dessa vez eu fiz diferente, observei cada detalhes daquele mastro que por estava lindo, grosso, cheio de veias pulsantes, cabeçudo e meio tortinho, quase não dava para perceber.

- o que está fazendo? Chupa logo – ele falou

- estou observando, como é lindo seu pau – falei rindo

- seu safado, quer me deixar louco não é? – disse

- sim, demais – falei

Olhei novamente e percebi que tinha uma cicatriz no lado esquerdo, perto da base.

- que cicatriz é essa aqui? – perguntei

- onde?

- aqui ó, bem perto da base aqui – falei

- isso foi a alguns anos atrás quando uma amiga minha estava... estava me masturbando, acabou deslizando a unha e sangrou um pouco – falou

- era uma unha ou uma faca? – perguntei

- era unha mesmo, estava amolada e não sabe o quanto doeu – falou

- você tinha quantos anos em? – perguntou

- sei lá, uns 15 por ai. Você vai chupar ou vai ficar fazendo perguntas? – falou

- seu grosso, só quero saber – falei

- grosso é o meu pau, e chupa logo vai, baba bastante nele – falou me olhando

Eu estava segurando, apertei bem com as mãos e ele gemeu como se sentisse dor, depois eu coloquei na boca e chupei até onde podia, não iria arriscar uma garganta profunda agora né. Chupei até a boca doer, ele gemia alto e segurava minha cabeça forte empurrando para baixo.

Fábio me puxou e me jogou na cama, beijou minha boca, mordeu e deslizou sua língua pelo meu corpo, abriu bastante as minhas nádegas e me lingou todo me arrancando suspiros e gemidos altos.

Ele me deu um tapa da bunda, pediu para que eu ficasse de quatro e enfiou tudo lá dentro. Só sei que naquela noite transamos mais de três vezes, estávamos a mil e ele gozava feito um banco de esperma, parecia que não iria acabar mais.

Acho que na minha vida, as coisas nunca deram tão certo como agora. Eu poderia dizer que tudo iria mudar, que as coisas iria piorar e tudo mais, só que a vida real não é uma novela para ser manipulada. Enfim, estava tudo indo muito bem. Já se passava dos três meses que estávamos juntos. O Fábio resolveu abrir o jogo pois ele é do tipo que não aguenta ser alguém além do Fábio, e o mais incrível nele é que ele é totalmente transparente. Ele contou a família que estávamos juntos, a tia dele foi super legal com a situação e desejou que fossemos felizes, o tio dele ainda ficou com o pé atrás, mas não deixou de tratar ele bem como sempre faz, só que, seus pais não reagiram muito bem a situação.

A única coisa que eu sei é que o pai do Fábio chegou a bater nele, sim minha gente, socou a cara do meu gatinho e disse que ele estava perdido, que era um vagabundo como sempre e coisas desse tipo. Acho que o problema dele não é o fato do filho estar namorando outro homem, é o simples fato do Fábio ser uma pessoa melhor que ele, ter saído de casa para morar com o tio e a briga entre eles é de longa data, chego a crer que ele prefere ver o cão a ver o Fábio.

E falando em cão, a minha naja, quer dizer, minha sogra, não se pronunciou a respeito, apenas disse ao Fábio que ele era maior de idade que ele sabia o que queria para a vida dele, acho que foi bem mais sensato da parte dela. Enfim.

Fiz um curativo lindo nele coloquei um band-aid rosa nele com flores, lindo, kkkkkkkk. Ele achou ruim mas eu mandei ele deixar, pois quem manda na casa sou eu. Tem que ser né.

Tentei fazer o máximo para ele não ficar triste, o homem é grande mas tem coração, claro. Ele apenas falou que já esperava essa reação do pai já que ele sempre brigou com ele, e que ainda falou que o Fábio que não contasse ao irmão dele, sim minha gente, o meu boy tem um irmão mais velho que é empresário ou coisa parecida, nunca perguntei a respeito. Pois bem, a coisa foi feia, teve briga, discussão, soco na cara, mas no fim de tudo o que importava era que estávamos bem.

Ainda tem os amigos, dois deles ficaram meio que lá e cá ainda, passaram um tempo sem falar com o Fábio direito, o pessoal da faculdade ficava comentando e as meninas querendo dar em cima dele e dizer que ele estava perdendo muita coisa. Foi um vulco, vulco, fiquei até sabendo que tinha gente querendo ficar comigo, coisa que nunca aconteceu antes.

Mas como em toda faculdade, logo tem coisas melhores para serem comentadas e não foi diferente, o pessoal ainda falava uma vez ou outra, mas era normal e já levavam isso numa boa o que eu achei muito divino.

Fábio e eu estávamos bem, muito bem por sinal. Esqueci de falar que o pai dele tomou o carro, sim minha gente, além de ser um ridículo, é um miserável mesmo, tomou o carro do filho e disse que não iria dar mais um centavo ao Fábio. Mas graças a Deus nós dois trabalhamos e estávamos conseguindo nos manter numa boa, foi ai que decidimos comprar um veículo motorizado só nosso, para que pudéssemos ir a faculdade, trabalho, centro e essas coisas; e eu mal sabia que era mais um passo de um futuro desconhecido.