Frustração, medo, aflição, não mais quantas
palavras iriam se encaixar naquela situação; ver o meu pai gritando daquele
jeito com a Maria pelos últimos dois minutos foi aterrorizante, era como se eu
não estivesse ali, ele olhava para ela com raiva, com uma certa fúria.
- chega – gritei
- pode parar por favor e me explicar o que
está acontecendo? – perguntei
- ela é sua mãe, a vadia que te abandonou,
que nos abandonou. Achou que eu não iria te reconhecer? Só que mudou de pais,
aplicou Botox nessa sua cara de pilantra, ficou fina? Você continua sendo a
mesma vadia de sempre – ele disse quase chorando
Nunca havia visto o meu pai daquele jeito,
ele estava fora de controle.
- pai, para. Por favor – falei
- você sabia disso? – ele perguntou
- não, e não estou acreditando nisso, -
falei
- ainda por cima mentiu pra ele, pra quem mais
você iria mentir em? – ele perguntou
- Breno, podemos conversar em outro lugar?
– ela finalmente falou
Eu olhei eles dois, sai correndo, não
queria participar daquele circo de horrores, ouvi o Lucas me gritando mas
continuei correndo, não queria acreditar que aquilo era verdade, não mesmo.
Comecei a correr e quando o sinal fechou eu
atravessei a rua no meio dos carros, quase perto da calçada, um carro ainda
estava em movimento, estava parando quando eu passava, ele parou na hora
freando de vez e eu apoiei minhas mãos no capô, olhei para frente e vi o
Ricardo, era como se um mar de coisas caísse por cima de mim, ele me viu e
ficou me olhando, senti alguém me segurar e me levar para a calçada, era o
Lucas, ele me segurou puxando o meu rosto.
- ei.... Calma – falou me olhando
- não quero me acalmar Lucas, não quero. Me
solta – falei olhando ele
Tentei me soltar, ele me segurou forte e me
beijou; logo começaram a buzinar, me soltei dele e olhei para frente, Ricardo
fechou a porta do carro e arrancou saindo de onde estava.
- por que você fez isso? – perguntei
- você estava histérico, quase foi
atropelado – falou
- Lucas eu.... Eu não sei o que fazer –
falei chorando
- é muita coisa para assimilar em um dia
só, vamos procurar uma lanchonete, sentar e comer algo, assim você relaxa –
falou
- não.... Não quero comer nada – falei
- você vai comer. Saiu do hotel sem comer
nada – falou insistindo
- tudo bem – falei
Caminhando e logo encontramos uma
lanchonete, entramos e nos sentamos, ele pediu dois sanduíches e sucos.
- eu não sei como ela pode esconder isso de
mim – falei
- ei... A Maria talvez quisesse preservar
você, olha pelo o que ela está passando – falou
- eu sei, essa coisa de câncer, dela ser
minha mãe que me abandonou, do meu ex namorado ter me visto beijando outro
homem – falei
- o que? Como assim? – perguntou
- àquela hora que você me beijou, o Ricardo
estava com o carro parado atrás de nós – falei
- e por que está preocupado com isso? Vocês
terminaram, você está morando em Londres, apenas siga com sua vida – ele falou
- eu acho que não vou para o hotel hoje,
sei que a Maria vai estar me esperando – falei
- se você for pra casa, seu pai vai estar
lá. Acho melhor conversarem logo – falou
- não, não quero conversar com eles agora,
meu pai está agressivo e a última vez que eu o vi assim foi quando ele ameaçou
matar a minha mãe se ela aparecesse de novo – falei
- nossa – ele disse sério
- acho que, vou ficar em alguma pousada ou
coisa do tipo, amanhã eu vejo o que faço – falei
- não quer que eu fique com você? –
perguntou
- não, não se preocupe, eu vou ficar bem,
só preciso ficar sozinho. – falei
- não acho uma boa ideia – falou
- Luh, sei que você é meu amigo, mas.... Eu
preciso mesmo pensar sozinho – falei
- bom.... Você é quem sabe. – falou
Terminei de comer por que ele ficou me
olhando. Depois nos despedimos e eu caminhei sozinho, andei muito até notar que
ele havia mesmo me deixado um pouco só. Chamei um taxi, entrei e dei o endereço
do meu destino.
Fiquei parado na porta procurando coragem
para bater, eu sabia que eu não tinha certeza se ele iria estar em casa, mas
arrisquei. Bati na porta algumas vezes e logo eu ouvi ela sendo destrancada,
ele abriu a porta, estava apenas com a calça do terno, seu peito estava de
fora.
- oi Rick – falei
- podemos conversar? – completei
Ele abriu a porta por completo me dando
espaço, ainda sem dizer uma palavra. Eu passei e ele logo fechou a porta.
- você está bem? – perguntou
- sim... estou sim – falei
- eu.... Eu ia te ajudar mas o.... O seu
namorado apareceu – falou
- O Lucas não é meu namorado – falei
- não é o que pareceu – falou
- olha eu.... Eu só vim.... A verdade é que
eu não sei por que vim aqui – falei
Ele ficou me olhando, na verdade, ficamos
nos olhando. Ele se aproximou de mim e segurou minhas mãos apertando nas suas,
senti uma coisa passando pelo meu corpo.
- eu acho melhor eu ir embora – falei
- fica.... Quer dizer.... Se quiser – falou
- não sei – falei
- não quer conversar? – perguntou
Ele me fez sentar no sofá e sentou ao meu
lado, começou a fazer perguntas de como estava indo a minha vida, como estava o
curso, eu senti um clima estranho ali, estranho demais, não sabia o porquê de
estar ali, só sei que eu queria estar ali.
- eu acho que foi um erro ter vindo
aqui.... Eu.... Eu nem sei que estou fazendo – falei levantando
Ele segurou em meu braço e me puxou,
ficamos colados, bem pertos um do outro, pude sentir a sua respiração, o calor
que exalava do seu corpo, não poderia dizer o que fez com que acontecesse, mas
aconteceu.
Começamos a nos beijar, iniciou-se calmo e
tranquilo, aos poucos foi se tornando rude, feroz, um beijo que deveria ser
simples, se tornou um beijo de saudades, de desejo, de tesão.
É praticamente impossível controlar o que
sentimos quando estamos perto de alguém que mexe tanto com os nossos
sentimentos, com a nossa mente, foi o que aconteceu, aos poucos minhas roupas
foram sendo arrancadas, a calça dele estava longe, minha boca começou a beijar
aquele corpo desenhado até que cheguei em seu pau duro e grosso, coloquei a
cabeça na boca lambuzando ela com minha saliva, chupei como se não houvesse
amanhã.
O gosto salgado misturado com o perfume da
sua pele deixou aquele pedaço de carne mais que delicioso, irresistível a ponto
de mordiscar e querer colocar todo na boca, foram minutos de chupadas e gemidos
roucos vindo dele, meu pau estava duro e meu cu piscava muito.
Me levantei indo até a sua boca e a beijei,
ele segurou em minha cintura e foi me fazendo deitar no chão, ele ficou por
cima de mim e colocou o seu pau na entrada do meu cu enquanto minhas pernas
estavam abertas e enroscadas em sua cintura. Ele foi me penetrando enquanto nos
beijávamos, dei fortes apertos em suas costas com minhas mãos, sua boca buscava
a minha e mordia meu pescoço de tempos em tempos, as estocadas fortes dentro de
mim me arrancavam suspiros e gemidos altos, estava indo ao delírio, ao mesmo
tempo em que minha consciência dizia que era um erro, meu corpo e meu coração
dizia que era a decisão mais fácil que eu já havia tomado.
Naquele momento o problema dos meus pais
sumiu, do curso, de tudo, só havia eu o Ricardo que me penetrava de forma
gostosa naquela manhã, em pleno horário de almoço, eu era quem estava sendo
servido para ele.
Não arriscamos mudar de posição,
continuamos daquele jeito. As estocadas aumentaram a medida em que ele sentia
que ia gozar, as mordiscadas em meus lábios e os chupões em meu pescoço eram
constantes, Ricardo gozou dentro de mim e eu sem sua barriga.
Ele me virou para que eu ficasse em cima
dele, deitei a minha cabeça em seu peito e fiquei buscando ar para respirar, o
carpete da sua sala estava ensopado de suor, nossas roupas espalhadas pela sala
que habitava um silencio ensurdecedor.
Era como um sonho, eu deitado no peito
dele, depois de termos transado feito um casal de verdade, sentindo o cheiro do
seu corpo misturado ao meu, tendo meu cabelo acariciado. Nem sei quanto tempo
ficamos naquela posição ou em silencio, mas fui tomado pelo meu celular
tocando, me levantei para ver quem era, e o número do Lucas aparecia no visor. Atendi.
- oi – falei
- você precisa vir para o hospital, a Maria
está passando mal – falou
- o que aconteceu? – perguntei
- ela não reagiu ao tratamento, ela está
morrendo Ben – ele falou aflito
que intenso hein muito bom como sempre.
ResponderExcluirComo sempre, perfeito *-*. Só espero que a mãe dele não morra, que ela consiga superar.
ResponderExcluirIncrível, será que o pai do Ben vai perdoar a Maria pelo abandono, já que ela está nas últimas?
ResponderExcluirEssa historia esta cada vez me surpreendendo muito cada capítulos esta mais intensonque o outro
ResponderExcluirAmei o reencontro com o Ricardo.
ResponderExcluir#RickTeam.